A reconstrução da Chapecoense já está em andamento, com a diretoria do clube catarinense contratando algumas peças importantes para a continuidade da história do time. Na última sexta-feira (09) a Chapecoense anunciou a contratação do treinador Vagner Mancini, além de Rui Costa como diretor-executivo de futebol, João Carlos Maringá como diretor de futebol, Nivaldo como gerente de futebol e Marquinhos como preparador físico.
O novo treinador chegou à cidade de Chapecó na manhã da sexta-feira e se encontrou com Plínio Filho, atual presidente do Conselho Deliberativo do clube catarinense, quando acertou detalhes do seu contrato de um ano. No começo dessa semana, o treinador Levir Culpi se ofereceu para treinar a Chapecoense durante o início de 2017 de forma gratuita, porém, o clube afirmou que buscava um treinador que esteja disponível durante o ano todo, o caso de Mancini, demitido em setembro depois de treinar o Vitória. Ainda na sexta-feira, Mancini foi apresentado como novo treinador da Chapecoense. “Nós não teríamos condições, sem essas pessoas, de levar essa Chapcoense de hoje. Por isso fomos buscá-las, mas nunca esquecendo as nossas origens e da nossa gente. Contratamos o Vagner Mancini, para técnico, e o Rui Costa, para ser diretor executivo. O Maringá, para ser diretor de futebol. O Nivaldo, para ser nosso homem também no futebol. Trouxemos de volta um filho da casa, o Marquinhos”, afirmou Plínio na coletiva de apresentação.
Durante a apresentação, o treinador respondeu algumas perguntas, entre elas sobre como será o próximo ano da Chapecoense e se a equipe conseguirá montar um elenco competitivo para competições como Libertadores e Brasileiro. “Não tenho dúvidas disso. Temos em mente que temos de ter equipe dentro de campo, mas importante ver gente capaz ao seu lado. A comunidade é forte, presente. Temos de olhar para a raiz do clube e entender os êxitos. Passar a agir, a ação é muito importante a partir de agora. São muitos campeonatos, importante montar um elenco que suporte tudo isso e seja a cara que o torcedor quer ver. Hoje a marca Chape é mundial. Quem chega hoje tem de entender isso”, afirmou Mancini. O treinador terá na Chapecoense um dos seus maiores desafios: assumir uma equipe que depois de perder sua comissão técnica e a maioria dos seus jogadores em uma tragédia, ainda terá que se preparar para disputar várias competições durante o ano de 2017, tendo um dos calendários mais cheios entre os clubes brasileiros.
Carreira do treinador
Antes de ser treinador, Vagner Mancini foi jogador de futebol, entre 1988 e 2004, atuando por várias equipes brasileiras como Grêmio, Coritiba, Ponte Preta e Sport. Nesse período, conquistou alguns títulos: o Campeonato Gaúcho de 1995 e a Copa Libertadores de 1995 com o Grêmio e o Campeonato Catarinense de 2003 pelo Figueirense. Já como treinador, comandou pela primeira vez uma equipe em 2004, assumindo o Paulista e conquistando a Copa do Brasil de 2005. Na sequência, foi para o Al-Nasr, dos Emirados Árabes Unidos, onde ficou entre 2005 e 2007. No início do ano seguinte, Mancini foi contratado pelo Grêmio, onde mesmo ficando invicto, não agradou aos dirigentes gaúchos e foi demitido ainda em fevereiro. Um mês depois, assumiu o Vitória, conquistando logo no começo o Campeonato Baiano de 2008. Na sequência do ano, chegou a segunda colocação do Campeonato Brasileiro, porém, o Vitória acabou caindo de produção e no segundo turno caiu de posições, terminando o ano na décima colocação da competição nacional. No ano seguinte, enquanto disputava o Campeonato Baiano de 2009, Mancini deixou a equipe baiana para assumir o Santos.
No Santos, conseguiu um bom começo de temporada, sendo vice-campeão do Campeonato Paulista, porém, na sequência caiu de rendimento e devido aos resultados ruins e alguns problemas internos, o treinador acabou sendo demitido em julho de 2009. Na sequência dos anos, Mancini ainda voltou para o Vitória, passou por Vasco, Cruzeiro, Sport e Ceará, onde conquistou o Campeonato Cearense de 2011. Já em julho de 2013, assumiu o Atlético Paranaense, que ainda ocupava a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Comandando a equipe paranaense durante o resto do ano, levou o Furacão até o terceiro lugar da competição nacional, conseguindo uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, além de chegar na final da Copa do Brasil, onde perdeu para o Flamengo. Em abril de 2014, chegou no Botafogo, onde ficou quase um ano, até que em junho de 2015 voltou pela terceira vez para o Vitória, sendo demitido da equipe em setembro de 2016.
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