GPS é integrado ao Colete.
Muitos de nós já nos perguntamos: Que é isso? Um sutiã? A verdade é que cada vez mais aquele Colete que os jogadores usam debaixo das camisas tem se tornado comum. Mais e mais clubes vêm aderindo as novas tecnologias de monitoramento via GPS. Isso mesmo, trata-se de um sistema de rastreamento de desempenho dos atletas através de um Colete, dispositivo GPS e um sistema controlador de software. Basicamente é usado o Colete, onde é inserido o GPS (SPI HPU) na parte de trás, posicionado entre as duas omoplatas, que é rastreado por sistemas de análise de desempenho, chamado SPI IQ que serve como base de dados e fornece gráficos e relatórios.
Para comentar melhor sobre o assunto, pesquisamos a opinião de um especialista na área, o argentino Diego Giacchino, preparador físico especialista em controle de rendimento, que teve passagem pelo Palermo da Itália e há 5 anos conheceu a tecnologia através de colegas do PSG da França. “Naquela época ele já permitia a quantificação de alguns dados físicos”… “Mas pude aprofundar um pouco mais sobre o tema. Hoje, por sorte, é um método que a Fifa já aprovou e que nos dá a possibilidade de usar os dados coletados nas partidas e durante a semana nos treinamentos para quantificar volume e intensidade de jogo do atleta” comentou Giacchino.
A empresa mais famosa no fornecimento dos Coletes com os GPS, é a GPSports. A empresa australiana criada pelo ex-atleta e científica Adrian Faccioni, e desde o final de 2000 foi pesquisar e desenvolver a aplicação da tecnologia GPS para esportes de alto desempenho.
GPSports no futebol brasileiro
Kit com 15 SPI HPU, o GPS que é acoplado na parte de trás do colete.
Um dos clubes brasileiros que já usou a tecnologia é o Atlético-MG. A imagem mostra o fisiologista do Atlético-MG Roberto Chiari, mostra o Colete em dezembro de 2013. O Fisiologista disse que conheceu a tecnologia em 2011, por meio do francês Alex Marri, especialista em tecnologia do PSG. O aparelho tem o objetivo quantificar as atividades dos atletas e armazená-las numa base de dados.
O gerente de vendas internacionais da GPSports, Damien Hawes, explicou em entrevista o porque o Colete foi o modelo escolhido para a fixação do GPS pelos jogadores: “antes o aparelho era usado como uma armadura mas as tiras incomodavam os jogadores na axila e provocavam irritações na pele, por isso este novo design, como um colete de compressão, é muito mais confortável”.
A empresa fabricante vende os dispositivos acompanhados pelo colete de compressão a diversas equipes conceituadas que vão desde a norte-americana Seattle Seahawks até o clube inglês Chelsea já usaram e ainda usam o sistema. As comparações a um sutiã feminino, foram extremamente divulgadas nas redes sociais, porém quem decide comprar apenas para ser uma peça íntima, não valerá a pena, pois cada aparelho custa cerca de dois mil dólares. O custo para suprir a necessidade de uma equipe inteira contém um kit para 30 jogadores que tem um custo de 55 mil dólares, além das taxas de importação.
O Software SPI IQ que acompanha o sistema.
O software SPI IQ acompanha o kit, o aplicativo funciona como uma base de dados que guarda as informações colhidas pela antena de captação das informações dos GPS de cada jogador. O Software pega as informações e transforma em gráficos e planilhas que podem ter diversos fins como: Analisar a velocidade dos jogadores, qual jogador percorreu maior distância, explosão de arranque, desaceleração, frequência cardíaca do atleta, calcular impactos entre os atletas, etc. Com os dados em mãos, os preparadores físicos são capazes de calcular os desgastes dos atletas, tanto em jogos como em treinos, programando assim um planejamento de recuperação física para cada atleta em especial, além disso, o sistema gera relatórios praticamente instantâneos, o que levaria horas para fazer manualmente.
GPSports
Adrian Faccioni, Diretor da GPSports nos EUA em 2013.
O GPSports é precursor na Austrália, na liga do rugby da Copa do Mundo, já usam a tecnologia desde os anos 2000. GPSports nasceu em 2000, em Camberra na Austrália e expandiu-se para o mercado americano em 2013. Os campeões do Super Bowl em 2013, o Seattle Seahawks, foram o primeiro time da NFL a adquirir a tecnologia da GPSports. Na ocasião, Adrian Faccioni disse que os Estados Unidos estavam dez anos atrasados em relação a Austrália, e agora vemos que nós brasileiros também estamos bem atrás da Austrália, mas se serve de consolo, começamos a usar a tecnologia em 2013, juntamente com os Estados Unidos, que já é um grande avanço. Hoje em dia vários times brasileiros já estão usando a tecnologia da GPSports. A empresa tem alcance em diversos esportes, a Liga de Futebol Americano (AFL), Futebol, Rugby, Hockey, Tennis, Volei de praia, Triathlon, Ciclismo e outros.
Boas Apostas!