Que sofrimento! O batimento cardíaco do torcedor do Atlético Paranaense ainda deve estar acelerado pela emoção a partida em Bogotá, nessa noite de quarta-feira. O “Furacão” garantiu uma vaga na terceira fase da pré-Libertadores ao eliminar o time colombiano do Millonarios.

A ida

A partida de ida, disputada na Arena da Baixada, tinha terminado com uma vitória por um a zero. Vantagem curta mas prometedora, positiva sobretudo pelo fato de o Millonarios não ter conseguido fazer gol fora de casa. Um gol do “veterano” Grafite na cobrança de um pênalti definiu a partida a favor do time brasileiro. Reforço para essa temporada, Grafite chega para aumentar a produção do time em termos ofensivos, isso porque o “Furacão” fez apenas 38 gols em 38 jogos no Brasileirão 2016, média ruim apesar da classificação para a fase preliminar da Liberta. Luis Henrique também é reforço para o setor ofensivo e Paulo Autuori também tem uma boa expetativa do meia-atacante Felipe Gedoz, jogador que seria decisivo na partida de volta…

Sobreviver em Bogotá

Duque, autor do gol do Millonarios

Duque, autor do gol do Millonarios

Vantagem magra, altitude e pressão da torcida contrária. Apesar de todos os fatores contra, o Atlético Paranaense sobreviveu no El Campín e conseguiu levar a decisão até suas últimas consequências. A chance de gol finalizada por Pablo nos primeiros minutos foi uma das poucas oportunidades que o Atlético Paranaense teve nesses 90 minutos de futebol em Bogotá, mais de 2 500 metros acima do nível do mar. Se nos primeiros minutos se verificou algum equilíbrio, com o avançar do relógio, sobretudo a partir dos 35 minutos, o Millonarios impôs seu domínio e a baliza do Atlético Paranaense era cada vez mais ameaçada. Weverton foi obrigado a intervir várias vezes, tanto no primeiro tempo como no segundo, assistindo a uma quebra clara de rendimento por parte de seus companheiros, cada vez mais desgastados pela exigência do jogo sem bola – Nikão (substituído por Gedoz) e Grafite foram dois dos atletas que mais sofreram em termos físicos. O gol colombiano se adivinhava e surgiu mesmo aos 13 minutos do segundo tempo, com Jhon Duque a marcar um gol que o time da casa se esforçou para procurar. Com a eliminatória empatada, o Millonarios sempre mostrou vontade de definir tudo nos 90, tentou jogar rápido sobre a área dos brasileiros, nunca perdeu tempo na cobrança de faltas, escanteios ou reposições e soube que o relógio corria a favor do Atlético Paranaense, visivelmente mais desgastado, a defender baixo no campo e com poucas capacidade de reação pela grande quebra física. Apesar de muita pressão na até final do encontro, o time colombiano não conseguiu aumentar sua vantagem e a decisão ficou para as grandes penalidades. Aí, brilhou o capitão.

Nas luvas de Weverton

A luta pela vaga na fase seguinte foi para a decisão através da marcação de pênaltis. Nessa sequência, a primeira grande alegria da noite para os brasileiros aconteceu quando o zagueiro Pedro Franco, em tempos muito bem cotado na Europa, atirou para a direita de Weverton e o goleiro olímpico parou a bola. Depois de Del Valle e Jonathan já terem encontrado na rede, o Millonarios falhou a cobrança e abriu cmainho para o adversário vencer. Grafite, Cadavid e Carlos Albertos marcaram, mas Nuñez atirou com o travessão e deixou a classificação nos pés de Felipe Gedoz, substituto de Nikão no segundo tempo. O meia acertou e a festa brasileira se soltou na altitude colombiana, exultando com um acesso conquistado com muita dificuldade e com elevada capacidade de sofrimento.

Agora, o Atlético aguarda o desfecho da eliminatória entre o Universitario do Perú e o Deportivo Capitatá do Paraguai. A partida de volta se joga esta noite e os peruanos levam uma vantagem de dois gols (3-1).

Boas Apostas!