Registro na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

Registro na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

A frase: “Quando eu nasci, papai do céu apontou o dedo pra mim e disse: Esse é o cara.” Foi dita pelo jogador inúmeras vezes em sua carreira. Talvez não seja por acaso, pois desde a primeira partida que disputou em um torneio legítimo, quase sempre foi destaque. Romário de Souza Faria, “O Gênio da Grande Área”, ou simplesmente Romário, teve uma carreira de muitas conquistas e polêmicas. Por onde passou foi destaque e agora no dia 29/01/2016 completou 50 anos. Vamos relembrar alguns de seus feitos.

No dia 25/11/1979, Romário, aos treze anos, entrou em campo pela primeira vez para dar início à sua carreira no futebol. Em uma partida válida pelo torneio infantil do Rio de Janeiro. A partida foi entre Olária e América, no campo da rua Bariri. O atacante Romário fez três gols no goleiro Belô, sua primeira vítima, o jogo acabou em 5 a 1 para o Olaria. Romário saiu como o destaque da partida, começando a chamar a atenção de todos.

Romário no Vasco da Gama no início de sua carreira

Romário no Vasco da Gama no início de sua carreira

Após passagem pelo Olaria nas categorias de base, Romário estreou como profissional jogando pelo Vasco da Gama em 6 de fevereiro de 1985, enfrentando o Coritiba (COXA), pelo Campeonato Brasileiro, mas não chegou a balançar as redes. Seu primeiro gol veio em um amistoso diante do Nova Venécia (ES), em agosto de 1985. A partir daí não parou mais de fazer gols, foi artilheiro dos Campeonatos Cariocas de 1986 e 1987, e bicampeão estadual nas edições 1987 e 1988 – e venceu o arquirrival Flamengo em ambas as ocasiões.

Romário se destacou, foi convocado para seleção olímpica do Brasil, depois atuou na seleção profissional durante muitos anos, conquistou títulos e muitos gols. Já pelos clubes, após o grande início no Vasco da Gama, o jogador foi para o PSV da Holanda, onde atuou de 1988 a 1993, onde fez novamente muitos gols, ao todo foram 165 gols em 167 jogos, três campeonatos nacionais e uma Supercopa dos Países Baixos. Estes feitos chamaram a atenção do Barcelona que contratou o Baixinho para a temporada 1993/94.

Romário atuando pelo Barcelona

Romário atuando pelo Barcelona

No Barça, Romário foi mais uma vez espetacular, Campeão da Liga e da Supercopa Espanhola em 1993/94, fez golaços e atuações espetaculares, como os três gols diante do Real Madrid, na vitória por 5×0 pela temporada 1993/1994. Ao total fez 53 gols em 84 jogos. Voltou ao Brasil como o melhor do mundo, eleito pela FIFA. Atuou no Flamengo, Fluminense, Vasco novamente e até pelo América-RJ. Atuou ainda pelo Al-Sadd , Adelaide United, Strikers de Miami,  Romário tem uma carreira cheia de títulos e conquistas, seria necessário fazer um texto somente sobre este assunto, pois a carreira do baixinho é de fato recheada de conquistas!

Romário e a amarelinha

O caso de amor com a amarelinha da seleção brasileira, começou em 1987 quando o Baixinho estreou pela seleção brasileira principal aos 21 anos, na derrota para a Irlanda por 1×0, também, o técnico só colocou ele aos 23 minutos do segundo tempo. Seu primeiro gol pela seleção brasileira foi no dia 28/5/1987, onde o Brasil venceu a Finlândia por 3 a 2 em um amistoso, e o Baixinho abriu o placar aos 43 minutos do primeiro, seis depois de entrar em campo no lugar de Mirandinha no Helsinki Olympic Stadium.

Em  1988 na decisão dos Jogos Olímpicos de Seul, Romário abriu o placar para o Brasil, mas os soviéticos empataram e, na prorrogação, viraram para 2 a 1, o Brasil ficou com a prata e frustrou-se o sonho do ouro olímpico. A seleção da época contava com grandes nomes além do baixinho, tínhamos Taffarel, Jorginho, Neto, Bebeto e outros. Até hoje não conseguimos ganhar uma olimpíada de futebol, trata-se de um título inédito nunca conquistado pelo Brasil.

Em 1988, o atacante marcou um dos gols do Brasil na vitória contra a Austrália por 2 a 0, em Sidney, na final do Torneio Bicentenário da Austrália. Foi o primeiro título de Romário pela seleção brasileira principal.

Em 1989 foi de Romário, aos 49 minutos do primeiro tempo, o gol da seleção brasileira na vitória histórica sobre o Uruguai por 1 a 0, no Maracanã, na final da Copa América de 1989. O Brasil voltou a levantar a taça da competição após 40 anos.

Romário beijando a taça de Campeão da Copa do Mundo de 1994

Romário beijando a taça de Campeão da Copa do Mundo de 1994

Em 1990, Romário fez cirurgia no fíbula (osso da perna) antes da Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália. Recuperado, mas fora de forma, teve atuação apagada: assistiu ao Mundial do banco em três jogos e foi titular em um.  O Brasil foi eliminado nas oitavas de final, após perder para a Argentina por 1 a 0, gol histórico de Caniggia.

Já em 1993,  Romário ficou afastado 18 jogos pela seleção, mas voltou para salvar a pátria. Fez os dois gols de Brasil 2 x 0 Uruguai na última rodada das eliminatórias da Copa de 1994, resultado que garantiu a classificação dos dois países.

O Baixinho conquistou o mundo com seus gols em 1994. Foi o dono da Copa. Prometeu trazer o quarto título mundial para o Brasil, que há 24 anos estava na fila, e cumpriu. Foi o primeiro título mundial da seleção em 24 anos.

Em 1997 A seleção brasileira goleou a Austrália por 6 a 0, em Riad, e foi campeã da Copa das Confederações. Romário e Ronaldo, uma das melhores duplas da história do futebol brasileiro, fizeram três gols cada um. No mesmo ano, o Baixinho conquistou a Copa América com o Brasil, na edição disputada na Bolívia.

1998 foi um péssimo ano, pois Romário formaria o ataque da seleção com Ronaldo, mas nesse dia foi cortado da Copa da França (a oito dias do início) por Zagallo de forma contestável por muitos, graças a uma lesão muscular na perna. Romário contestou, pois poderia ter ido e atuado a partir das quartas de final.

Em 2002 , apesar do clamor popular, Felipão anunciou nesta data os convocados para a Copa do Mundo no Japão e na Coreia do Sul e ignorou Romário. Restou ao Baixinho apenas “chorar” por ter perdido a chance de disputar seu último Mundial.

Romário chora durante o hino do Brasil em sua última partida com a amarelinha

Romário chora durante o hino do Brasil em sua última partida com a amarelinha

Em 2005, o adeus foi em São Paulo, e não no Rio de Janeiro, que Romário vestiu pela última vez a camisa da seleção brasileira. Em sua despedida, diante de 36.235 torcedores no Pacaembu, o Baixinho fez o segundo gol da vitória do Brasil por 3 a 0 sobre a Guatemala. Fica para nós as boas recordações, do tempo em que gols não eram problemas, ainda mais quando contávamos com o baixinho dentro da grande área. Seus feitos foram muitos e a homenagem é cabida, se pudéssemos destacar apenas uma das muitas conquistas, com certeza seria a sua atuação na Copa do Mundo de 1994, onde além de ter conquistado a vaga nas eliminatórias de forma heroica, ele fez cinco gols em sete jogos e com certeza, se não fosse por ele, o Brasil ainda era somente tetra campeão mundial de futebol.

Boas Apostas!