A Eurocopa foi iniciada no dia 10 de junho com uma partida entre França e Romênia, mas infelizmente, não foram as partidas recheadas de craques que chamaram a atenção da mídia e sim as constantes brigas entre os torcedores de seleções rivais. A confusão causada pelos torcedores ingleses e russos foi a que mais chamou atenção, sendo que mesmo três dias antes da partida entre Inglaterra e Rússia, os torcedores já estavam se enfrentando e entrando em confronto com a polícia francesa.
policia-francesa-confronto-eurocopaA briga entre os rivais tornou-se mais violenta no dia da partida (11/06), com um confronto feio minutos antes do jogo ser iniciado. A briga aconteceu na região portuária de Marselha. A polícia francesa respondeu com força e foi para cima dos torcedores brigões, jogando bombas de gás e cachorros para dispensar os torcedores. Mas não acabou por aí, no fim da partida que terminou empatada em 1×1 entre Inglaterra e Rússia, os torcedores russos partiram para cima dos torcedores ingleses dentro do Estádio Vélodrome. Com medo e tentando protegeram a si mesmos e seus familiares, muitos torcedores que não estavam envolvidos nas brigas acabaram entrando em campo. Ao todo, foram seis pessoas presas, com quarenta feridos, sendo dois deles em estado grave.

Depois de toda a confusão gerada pelos torcedores, a briga poderá trazer consequências às seleções da Inglaterra e da Rússia. Segundo o porta-voz da UEFA, o qual já tinha se pronunciado antes da partida lamentando a violência entre as torcidas, afirmou que a entidade não tem responsabilidade nenhuma e que estaria de mãos atadas, mas como houve confusão dentro do estádio, poderão ser tomadas medidas de punição. “A UEFA estava de mãos atadas. Agora precisa se pronunciar, tomar atitude. A violência já se misturou ao futebol. A Inglaterra, sendo ou não vítima, tem sua responsabilidade. Medidas punitivas precisam ser encaradas.” No último domingo (12) a UEFA anunciou que tanto a Inglaterra quanto a Rússia poderão ser excluídas da Eurocopa 2016 caso seus respectivos torcedores continuem causando brigas e confusões.

Lei Seca e mais de 100 pessoas condenadas

Torcedor envolvido na confusão entre ingleses e russos sendo preso por policiais.

Torcedor envolvido na confusão entre ingleses e russos sendo preso por policiais.

Depois das cenas de violência presenciadas em Marselha e sabendo que muitos dos envolvidos nas brigas estavam sob efeito do álcool, o ministro do interior da França, Bernard Cazeneuve, anunciou no último domingo (13) que está proibida a venda de bebidas alcoólicas nos dias que antecedem as partidas da Eurocopa e nos dias das partidas em locais “sensíveis”, ou seja, nas proximidades dos estádios e em locais com bares e restaurantes. Todas as cidades e prefeituras que receberão os jogos da competição serão obrigadas a adotar e adaptar este pedido do governo francês. Mas ainda não está totalmente claro se essa medida impedirá que os restaurantes e bares dessas cidades terão de parar totalmente sua vendes de bebidas alcoólicas e em quais períodos do dia. O governo ainda deve chegar a um acordo com as prefeituras das cidades, mesmo a proibição tendo efeito imediato.

Outra consequência da briga entre os torcedores ingleses e russos foi a condenação dos envolvidos. Os dois primeiros torcedores julgados foram condenados em um julgamento rápido realizado na última segunda-feira (13) no Tribunal de Marselha, que condenou ambos a prisão de dois a três meses e estão proibidos de retornar à França por dois anos. Um dos condenados, o enfermeiro Ian Heoworth, afirmou que ao lançar uma garrafa de cerveja durante a confusão não teve a intenção de atingir os policiais que estavam a oito metros de distancia e ainda confessou que só fez isso para impressionar seus amigos franceses. Nos três primeiros dias de Eurocopa, foram 116 pessoas presas por causa de brigas. De acordo com o Ministério do Interior da França, três estrangeiros foram expulsos do país e 10 ainda serão julgados em Marselha. Ao todo, foram seis britânicos, um austríaco e três franceses que deverão se apresentar à Justiça francesa.

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