Na última quinta-feira (28) foi divulgada a taça da Copa América Centenário, competição que será disputada entre os dias 3 e 26 de junho nos Estados Unidos. O troféu mede 61 centímetros de altura e possui 7,1 quilos. Projetado pelo Épico Studios (EUA) e criado por London Workshops of Thomas Lyte (Inglaterra), o objeto foi exibido na sede da Federação Colombiana de Futebol, na capital Bogotá, em um evento que reuniu todos os representantes de todas as federações e associações do futebol no continente americano. Na taça está gravado o mapa da América, a logo do torneio e os anos 1916 (primeira edição) e 2016 (centésima edição). Até a taça ficar pronta foram necessários mais de três meses, já que a idealização do projeto durou 89 dias e a construção da taça precisou de 98 dias. O responsável pela exibição do troféu foi o atual presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), o paraguaio Alejandro Dominguez, que fez um pronunciamento durante a cerimônia de exibição. “Vou entregar a Copa América Centenário. Ainda que tenham seis seleções participantes da CONCACAF, espero que seja um capitão de uma das seleções da Conmebol quem a receba, seria algo sublime”.

Imagem da taça da Copa América Centenário.

Imagem da taça da Copa América Centenário.

Durante o evento, o presidente da CONMEBOL também pediu para que as seleções trouxessem seus principais jogadores para a Copa América, trazendo assim uma maior visibilidade para a competição. “Os organizadores da Copa pedem um compromisso de todas as associações de futebol que se esforcem para que suas seleções venham à competição com seus jogadores mais representativos. Não é uma exigência, é um compromisso das partes e acredito que isso ajuda a enaltecer o nível da copa”. Porém, o Brasil não poderá assumir esse compromisso, pois seu maior craque, o atacante Neymar, foi liberado pelo Barcelona para disputar apenas uma competição, ou a Copa América ou os Jogos Olímpicos, e por esse motivo a CBF decidiu que ele se juntará a seleção olímpica em busca da primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016, ficando de fora da centésima edição da Copa América.

Possíveis mudanças

Alejandro Dominguez, atual presidente da CONMEBOL.

Alejandro Dominguez, atual presidente da CONMEBOL.

Recentemente, o presidente da CONMEBOL, Alejandro Dominguez, deu uma entrevista ao jornal colombiano ‘El Tiempo’, onde falou sobre algumas mudanças que deseja fazer no seu mandato, que teve início em janeiro de 2016. Uma das mudanças citadas por ele aconteceria na final da Copa Libertadores. Segundo o presidente da CONMEBOL, a final do campeonato sul-americano poderia ser disputada em partida única e em campo neutro, assim como acontece no principal campeonato de clube da Europa, a Liga dos Campeões. “Gostaria da possibilidade de, em um tempo curto, ter uma só final que vá se movendo entre os 10 países (afiliados à Conmebol). Teremos maneiras de substituir o valor das bilheterias de ida e volta, porque se trabalharia com licitações para que cada país projete uma cidade e se encarregue de trabalhar e pagar às equipes este valor”.

O presidente Dominguez também sugeriu a fusão da CONMEBOL com a CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) e algumas reformulações das Copa Libertadores e Copa Sul-Americana. “Há um planejamento para que (a Libertadores) dure um ano, mas será debatida. Não fomos nós da Conmebol que tivemos a ideia. Por isso, é bom termos essa abertura e me interessa essa opção. A Libertadores e a Sul-Americana devem ir a um laboratório profundo, e também vamos estudar a possibilidade de nos associarmos com a Concacaf. Porém, teríamos que estudar bem os traslados”. E por fim, Dominguez falou sobre a confusão que estava a CONMEBOL na época em que assumiu o posto de presidente, logo depois que Juan Ángel Naput, na época o presidente da entidade, foi preso por estar envolvido no esquema de corrupção na FIFA investigado pelo FBI no ano passado. Na entrevista, Dominguez assumiu o compromisso de melhorar a administração e dar mais transparência á entidade sul-americana. “Na América do Sul temos a crença de que somos os melhores do mundo no futebol, e temos que acompanhar isso com a entidade. O que falta aqui é organização e manejo da direção, que é quem tem que reivindicar. Estamos começando uma mudança nos estatutos, que será apresentada no Comitê Executivo para garantir que a Conmebol siga evoluindo e seja moderna”.

Boas Apostas!