A seleção dos Camarões, adversária do Brasil na Copa do Mundo, já anunciou a lista de relacionados para disputar essa Copa do Mundo 2022.
O anúncio foi feito por Rigobert Song, jogador com mais internacionalizações na história e atual selecionador daquele país africano. A convocação ficou envolta em mais um momento polêmico, algo que tem sido recorrente nos últimos meses em relação a muito do que envolve essa seleção.
Alegada intervenção na convocatória
Nas hostes da seleção camaronesa, os últimos meses têm ficado marcado por várias polêmicas.
Em março desse ano, antes da disputa do decisivo “play-off” de acesso à fase final da Copa do Mundo, o presidente da República dos Camarões, Paul Biya, ordenou o despedimento de António Conceição, técnico que à data era o selecionador nacional.
Conceição tinha contrato com a Federação dos Camarões (presidida por Samuel Eto’o) até agosto de 2023, mas a ligação acabou bem mais cedo do que se previa.
Para o seu lugar chegou Rigobert Song, selecionador que acabou mesmo conseguindo apurar a equipe camaronesa para a Copa do Mundo ao bater a congénere da Argélia.
O técnico Rigobert Song conta com somente seis encontros disputados desde que assumiu os destinos dessa seleção dos Camarões e o anúncio dos relacionados ficou marcado por uma situação, no mínimo, bem caricata.
Enquanto anunciava a lista aos jornalistas, Rigobert Song pareceu um pouco “perdido”, exibindo dificuldade na pronúncia dos apelidos de alguns relacionados, de tal forma que chegou mesmo a ser auxiliado por um adjunto na hora de pronunciar os apelidos de alguns dos jogadores.
A mídia daquele país se apressou a colocar várias questões nesse mesmo momento e agora se especula que a lista de relacionados poderá não ter sido escolhida por Rigobert Song, mas sim pela própria Federação Camaronesa de Futebol.
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Camaroneses “sem medo” do Brasil
A seleção dos Camarões é, em teoria, a equipe menos cotada do Grupo G, partilhado com Brasil, Sérvia e Suíça.
É certo que a responsabilidade é diminuta, mas isso não retira ambição a esse time camaronês que vai fazer de tudo para conseguir surpreender e superar a expetativa generalizada em relação ao que será sua prestação.
Vincent Aboubakar, uma das unidades mais destacadas desse time, perspetivou a participação da sua equipe na Copa do Mundo em setembro desse ano. Ao site da FIFA, o atacante revelou “não ter medo do Brasil” e, em certa medida, acabou mesmo relativizando a “ameaça” da “Canarinha.
Não temos medo do Brasil, porque esse time não é como os que conhecemos no passado. É claro que existem bons jogadores. Mas, para ir longe em uma competição como essa, você precisa de um grupo muito unido. Sem esse coletivo, de pouco adianta alinhar grandes nomes”, referiu.
Lista de convocados da seleção dos Camarões
Goleiros: Epassy (Abha), Ngapandouetnbu (Olympique de Marselha) e Onana (Inter de Milão)
Laterais: Ebosse (Udinese), Fai (Al-Tai), Mbaizo (Philadelphia Union) e Tolo (Seattle Sounders),
Zagueiros: Castelletto (Nantes), Nkoulou (Aris), Onguéné (Eintracht Frankfurt) e Wooh (Rennes)
Meio-campistas: Anguissa (Napoli), Gouet (Mechelen), Hongla (Verona), Kunde (Olympiacos), Ntcham (Swansea) e Ondoa (Hannover)
Atacantes: Aboubakar (Al-Nassr), Bassogog (Shanghai Shenua), Choupo-Moting (Bayern de Munique), Ngamaleu (Dynamo Moscou), Nkoudou (Besiktas), Nsame (Young Boys), Marou (Coton Sport), Mbeumo (Brentford) e Toko Ekambi (Lyon)
Onana e Choupo-Moting lideram lista
Ao olharmos para essa lista de relacionados, tem dois nomes que saltam imediatamente à vista por conta dos seus percursos no futebol europeu: o goleiro Onana, atualmente na Inter de Milão, e Choupo-Moting, atacante do Bayern de Munique.
No entanto, as qualidades e valências desse time não se resumem a esses dois nomes. Tem mais jogadores atuando em alguns dos principais campeonatos da Europa, importando destacar unidades como Anguissa, que vem bem no Napoli, ou Toko Ekambi, jogador do Lyon.
Camarões no Grupo G
As apostas no Grupo G indicam a seleção dos Camarões como equipe menos cotada da chave.
O time africano não deverá ter capacidade suficiente para se intrometer na briga pelo acesso à fase seguinte e surge, em teoria, bem atrás de Brasil bem como da seleção Sérvia e e da seleção Suíça.
Se a desvantagem individual e coletiva já seria sempre uma realidade, todas essas dúvidas em redor da convocação e do grupo que estão sendo colocadas a pouco tempo do arranque da Copa do Mundo em nada contribuem para o bom funcionamento do coletivo.
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