Roberto Carlos
Com uma infância pobre de menino do Interior, Roberto Carlos nasceu em uma fazenda de cultivo de café, em Garça, São Paulo, e foi criado com muita dificuldade pelos seus pais que eram lavradores. Roberto Carlos da Silva driblou todas estas dificuldades e venceu na vida através do futebol. Talvez pela infância pobre, o jogador sempre teve o estilo de usar cordões, anéis, brincos e pulseiras de ouro e brilhante, carros e aparelhos sofisticados foram sempre presentes em seu cotidiano. Muitos o chamavam de metido, arrogante, mas, ele não se esqueceu de seu passado e fez questão de ajudar as crianças atendidas pela Santa Casa de Araras, cidade onde começou sua carreira futebolística, defendendo o time do União São João.
Roberto Carlos ganhou sua primeira bola aos 3 anos de idade. Aos 8, já jogava entre adultos, no mesmo time em que seu pai era volante. Em 1981, com a mudança da família para Cordeirópolis, onde foi morar na casa da avó materna. Jogava na equipe de uma fábrica de aguardentes quando foi convidado para defender o time da cidade nos Jogos Abertos do Interior, estava lançada sua sorte. Em 1988, iniciou sua carreira nas equipes menores do União São João de Araras, onde jogou por quatro anos, passando pelas categorias juvenil e juniores. Este foi o inicio de um dos maiores jogadores de futebol do mundo.
Carreira de sucesso
Time dos “Galacticos” do Real Madrid.
Em 1993 Roberto Carlos foi contratado pelo Palmeiras, que foi amparado pela multinacional Parmalat para montar uma equipe cheia de craques. Com este time, Roberto atuou em 185 partidas e conquistou vários títulos, bicampeão do Campeonato Paulista e do Brasileirão, e campeão do Torneio Rio São Paulo. Depois dessa passagem de sucesso no Brasil, ele foi para a Itália, jogar na Inter de Milão.
Ainda na Europa, Roberto Carlos foi para o Real Madrid, onde jogou por onze anos, atuando em 580 jogos, de 1996 à 2007, atingindo o auge de sua carreira. Fez parte da era dos “Galácticos”, junto com Zidane, Beckham, Raúl, Casillas, Figo e Ronaldo(Fenômeno). Conquistou três vezes a UEFA Champions League, quatro vezes o Campeonato Espanhol, três vezes a Supercopa da Espanha, dois Mundiais de Clubes e uma Supercopa da Europa, além de ser votado como melhor lateral-esquerdo em 2002 e 2003. Depois de ter sido duramente criticado por um erro nas oitavas-de-final da Champions League de 2006-07 que resultou na desclassificação do Real, Roberto Carlos anunciou que não renovaria o contrato.
Com 34 anos foi para o Fenerbahçe, da Turquia, onde ficou de 2007 até 2009, quando anunciou sua saída. No fim de 2009, foi anunciado pelo Corinthians para a Libertadores de 2010. Em 2011, teve um bom começo de ano, tendo atuações importantes pelo time, mas o Corinthians foi eliminado na primeira fase da Copa Libertadores daquele ano e Roberto Carlos anunciou sua saída do time, alegando que estaria sofrendo ameaças da torcida.
No mesmo ano, Roberto foi para o Anzhi Makhachkala, da Rússia, onde logo no começo sofreu com o racismo praticado pela torcida de rivais, fazendo com que o jogador pensasse em parar de jogar pelo time. No fim de 2011, o treinado do Anzhi, Gadzhi Gadzhiev foi demitido e em seu lugar entrou Roberto Carlos, começando sua carreira como treinador.
Conquistou ao longo de sua carreira uma história pela Seleção Brasileira, sendo titular absoluto na lateral esquerda durante as Copas de 1998, 2002, quando fez parte do elenco pentacampeão mundial, e de 2006. Com 1,68 m de altura, destacava-se por puxar contra-ataques muito velozes e pelo seu potente e veloz chute com a perna esquerda, cobrando faltas que levavam sempre muito perigo à meta adversária. Autor de um dos gols mais bonitos e impossíveis de todos os tempos,um gol de falta a 35 metros do gol adversário, atuando pela Seleção Brasileira contra a França, onde com um chute de três dedos fez uma curva sensacional onde a bola desviou por fora da barreira e caprichosamente batendo na trave foi para o fundo das redes. Além disso, desempenhava muito bem seu papel defensivo, voltando para ajudar a zaga nos ataques oponentes.
O retorno ao Real Madrid:
Roberto Carlos, levantando o troféu da Supercopa da Eurocopa em 2002 pelo Real Madrid.
A mídia europeia vem divulgando um retorno do ídolo da torcida do Real Madrid. Segundo a imprensa, Roberto Carlos terá várias funções nas categorias de base do time merengue, atuando como uma espécie de mentor e conselheiro e com caminho aberto pra um aprendizado com o técnico Zidane, que também foi seu companheiro na época de jogador no time dos “Galacticos”. Roberto Carlos ainda será diretor institucional, trabalhando como embaixador do time por todo o mundo, principalmente na Ásia.
Mesmo com ele morando em Madrid, Roberto Carlos ainda tem a fase final do curso de treinadores da UEFA para concluir (com esse curso ele poderá ser técnico de qualquer time na Europa), por isso o contrato com o Real será assinado apenas na próxima semana, para aí sim o time anunciar o ex-jogador de forma oficial.
Desde 2012, ele já vinha trabalhando como técnico, defendendo o Anzhi, da Rússia. Primeiro, no próprio time russo atuou como técnico interino e depois foi efetivado na temporada seguinte. Roberto Carlos ainda trabalhou em times turcos, Sivasspor e Akhisar Belediyespor, além do Delhi Dynamos, da Índia.
Com Roberto Carlos sendo seu embaixador, o Real terá um foco maior no mercado asiático, que vive em um constante crescimento. Países como Tailândia e China estão no circuito do time espanhol e é onde Roberto Carlos deverá ter uma ênfase maior de trabalho.
