Bernardinho como técnico do Paraná Vôlei Clube.
Tudo começa quando em 1997, quando foi fundado o Paraná Vôlei Clube, ou Rexona, na cidade de Curitiba e ao clube estava subordinado o Centro de Excelência do Voleibol, um projeto social da Unilever que tinha como sede o Ginásio do Tarumã. Em julho de 1997 o elenco já estava montado, fazendo sob o comando do treinador Bernardinho sua estreia contra a seleção brasileira juvenil com uma vitória por 3 sets a 0. Logo em sua primeira participação na Superliga feminina, o Paraná Vôlei Clube conquistou o título da temporada 97-98, com um time formado por atletas experientes como Fernanda Venturini, já havia vencido o Mundial de Clubes em 1991 com o Sadia Esporte Clube e o Sul-Americano de Clubes quatro vezes. Na temporada de 1999/00 o clube voltou a vencer a Superliga, com Fernanda Venturini sendo eleita a melhor jogadora da competição e com os destaques Elisângela e Walewska.
Em 2003, o Paraná Vôlei Clube que antes tinha o nome fantasia de Rexona passou a ser Rexona Ades, já que a empresa Unilever uniu ao Rexona a marca Ades, assim como o projeto social passou a ser chamado “Centro Rexona Ades de Voleibol”. Em março de 2004, todo o projeto foi transferido para o Rio de Janeiro, com o objetivo de conquistar novos mercados consumidores por parte da Unilever. E em julho de 2005, a coordenação e o gerenciamento do Centro Rexona Ades de Voleibol começou a ser feito no Instituto Compartilhar, ONG fundada em 2003 por Bernardinho. Com isso, o Paraná Vôlei Clube foi extinto e no seu lugar surgiu o Rio de Janeiro Vôlei Clube. Entre as principais conquistas do Rio de Janeiro estão doze títulos do Campeonato Carioca, dez títulos da Superliga Feminina e três do Campeonato Sul-Americano.
O bom desempenho do Rio de Janeiro
Natalia e Gabi são os dois destaques do Rio de Janeiro nesta temporada.
Chegando a sua décima segunda final consecutiva da Superliga, o Rio já provou que é um dos maiores clubes do vôlei brasileiro. E neste domingo, dia 03 de março, ele busca seu décimo primeiro título, na final contra o Praia Clube, por isso falaremos um pouco sobre o bom clube carioca comandado por Bernardinho.
Algo que com certeza colaborou bastante para que o Rio de Janeiro conseguisse esse número de finais consecutivas na Superliga é a continuidade de sua base do elenco de jogadoras. Com o passar das temporadas, Bernardinho busca manter suas principais atletas, mas quando isso não acontece, ele logo corre atrás de outra que esteja no mesmo nível. Como o que aconteceu neste ano, com a aposentadoria de Fofão, a equipe carioca anunciou a contratação da americana Courtney Thompson como a nova levantadora titular. Apesar de ser uma grande levantadora, Courtney vem dividindo espaço com a reserva Roberta, que se mostrou uma boa opção para Bernardinho nas fases finais da Superliga desta temporada.
Porém, mesmo mantendo sua base, o Rio de Janeiro está sempre de olho nos novos talentos, como o caso da jogadora Gabi. Na temporada de 2011-12 ela jogava pelo Mackenzie quando disputou as quartas de finais contra o Rio e chamou a atenção de Bernardinho, tornando-se o novo reforço da equipe para a temporada seguinte. Outro exemplo é Fabiana Claudino, que hoje joga pelo Sesi-SP, mas que foi revelada pelo Minas e deslanchou a carreira no Rio de Janeiro.
Ter uma equipe forte como a do Rio com certeza ajuda e muito nas grandes conquistas, porém, como tudo hoje em dia, isso custa dinheiro. Podemos dizer que esse não é um problema para o Rio de Janeiro, que conta com o mesmo patrocinador há 19 anos, e com isso consegue manter a tranquilidade e atrair bons reforços. A boa renda adquirida deve-se também a torcida, que sempre faz questão de comparecer aos jogos da equipe carioca, lotando o ginásio do Tijuca.
Outro ponto importante dos bons desempenhos apresentados pelo Rio é o comando do técnico Bernardinho. Mesmo ficando dividido algumas vezes por causa da seleção masculina, o treinador consegue fazer um bom trabalho nas duas equipes. Além de ser um grande técnico, Bernardinho é também quem indica a maioria das possíveis contratações feitas pelo Rio de Janeiro. Um exemplo disso é a jogadora Natália, que aos 22 anos ainda jogava como oposta e era uma das estrelas do time de Osasco até a temporada de 2010-11. Porém, na temporada seguinte se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar com Bernardinho, atuando agora como ponteira.
Podemos ainda apresentar um histórico do Rio de Janeiro nas últimas 11 edições da Superliga. Nos últimos 12 anos, o Rio só não terminou a fase de classificação em primeiro colocado em quatro temporadas, foram elas: em 2008-09 quando essa fase ainda era disputada em grupo e o Rio de Janeiro terminou atrás do Brusque; em 2011-12 quando ficou atrás do Osasco e em 2013-14 quando passou de fase atrás de Osasco e Campinas. Dessas quatro vezes em que não terminou a primeira fase em primeiro colocado, a equipe carioca só não conseguiu o título em 2011-12, quando perdeu para o Osasco. Já na temporada de 2015/16 a equipe carioca teve os seguintes números até chegar a final: foram vinte e uma vitórias e apenas uma derrota (para o Brasília) na fase classificatória. Nas quartas de final venceu os dois primeiros jogos contra o Pinheiros. Já nas semifinais, venceu os dois últimos jogos contra o Osasco, conseguindo sua vaga na final.
Boas Apostas!