Portugal – Dinamarca (Liga das Nações)
A seleção portuguesa precisa “correr atrás do prejuízo” na partida de ida das “quartas” da Liga das Nações 2024/25. A derrota por um a zero em Copenhaga obriga o time do “robôzão” a vencer no Alvalade para chegar na “final-four” da competição.
Análise Portugal
“A pior exibição dos últimos dois anos”. Foi dessa forma que Roberto Martínez, selecionador de Portugal, classificou a exibição de seus eleitos no Parken, em Copenhaga.
No retorno à ação após quatro meses, os portugueses protagonizaram uma atuação muito abaixo das expetativas, saíram derrotados por um a zero e o resultado final acabou sendo bem “simpático” se considerarmos aquilo que aconteceu na capital danesa.
Martínez escalou sua equipe com Diogo Costa no gol, linha defensiva formada por Dalot, Rúben Dias, Veiga e Nuno Mendes, apostou na dupla do Paris Saint-Germain João Neves – Vitinha para a meia, colocou Bruno Fernandes mais solto em apoio direto à referência Cristiano Ronaldo e Rafael Leão e Pedro Neto pelos flancos, mas o time português nunca conseguiu impor seu jogo. Com bola, cometeu vários erros na fase de construção, sentiu dificuldades para explorar o jogo interior, foi sempre previsível e praticamente inoperante em termos ofensivos. Sem ela, falhou praticamente em toda a linha. Permissiva em termos defensivos, a equipe portuguesa foi aceitando que a equipe do norte da Europa criasse uma e outra ocasião, a mais soberana aos 23 minutos do primeiro tempo, altura em que beneficiou de um pênalti. Após mão na bola de Renato Veiga, Eriksen cobrou o castigo máximo mas esbarrou em Diogo Costa, que viria a ser a figura do desafio do lado português. A ameaça estava dada e o guardião português começava a se assumir como figura, mau prenúncio para o time de Martínez.
No segundo tempo, a história se repetiu. Houve quase sempre mais Dinamarca, o time português seguiu sem corresponder e o gol do time local acabou mesmo por surgir. Skov Olsen (na assistência) e Rasmus Hojlund (autor do gol) “cozinharam” o tento que permite à seleção danesa viajar até o Alvalade em vantagem.
A seleção portuguesa esteve muito longe daquilo que deve apresentar e a única certeza é a de que precisará de uma mudança radical se quiser vencer no Alvalade e chegar na “final-four” da prova. Roberto Martínez tem qualidade “de sobra” entre suas escolhas e os portugueses confiam que é bem maior a probabilidade de o time melhorar nesse segundo desafio que a de voltar a rubricar uma exibição tão “cinzenta”.
Escalação provável: Diogo Costa, Diogo Dalot, Rúben Dias, Veiga, Nuno Mendes, Vitinha, João Neves, Bruno Fernandes, Pedro Neto, Rafael Leão, Cristiano Ronaldo
Análise Dinamarca
A seleção danesa cumpriu sua missão com distinção no Parken e foi com todo o mérito que alcançou vantagem nessa eliminatória.
Aquando do lançamento da partida, Brian Riemer tinha “piscado o olho” a um empate. Já na coletiva pós-jogo, ainda que visivelmente satisfeito com a vitória, o selecionador danês lamentou a escassez do resultado.
Na realidade, a vitória por um a zero foi bem lisonjeira para aquilo que o aconteceu no gramado do Parken. Os donos da casa foram quase sempre melhores e dispuseram de bem mais ocasiões de gol que a equipa portuguesa. Contas feitas, a seleção danesa rematou 23 vezes, nove delas à baliza de Diogo Costa, ao passo que a congénere portuguesa fez apenas oito remates e somente dois na direção do gol defendido por Kasper Schmeichel.
Sem se poder equiparar à adversária portuguesa em termos de talento, a equipe danesa foi superior do ponto de vista estratégico. A formação de Riemer esteve sempre bem arrumada ao nível tático, soube definir as zonas de pressão, foi bem solidária em suas ações defensivas e por isso capaz de manter a bola longe de seu gol. Já na hora de atacar, demonstrou objetividade em suas ações e só se pode queixar da falta de acerto na finalização. A vitória acabou por lhe sorrir com todo mérito, mas se o placard não assumiu outra dimensão, a Dinamarca terá que lamentar o desacerto de seus dianteiros e a exibição inspirada de Diogo Costa.
Em Alvalade, os 90 minutos prometem ser bem longos para a Dinamarca. O time do norte da Europa sabe que não pode se “encostar” à vantagem que traz do Parken. A expetativa é a de que entre com uma postura cautelosa e essencialmente reativa, procurando tardar ao máximo o gol português para criar nervosismo no time local, mas sem abdicar de chegar na frente em transição.
Escalação provável: Schmeichel, Kristensen, Vestergaard, Andersen, Isakse, Maehle, Hjulmand, Norgaard, Eriksen, Lindstrom, Biereth
Dica de Prognóstico
Cinco dias após o frente a frente no Parken, Portugal e Dinamarca devem ser protagonista em um “filme” totalmente distinto no gramado do Alvalade. A seleção portuguesa está em desvantagem, precisa correr atrás do resultado e custa a crer que protagonize uma exibição tão negativa quanto a de Copenhaga. Por outro lado, os daneses vão fazer de tudo para segurar o acesso. O duelo promete.
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