Logo da WTorre, construtora que reconstruiu o estádio do Palmeiras.

Logo da WTorre, construtora que reconstruiu o estádio do Palmeiras.

No fim do ano passado, a arena Allianz Parque enfrentou o problema da ruptura entre as principais empresas que administravam o estádio, a WTorre, a empresa norte-americana AEG(Anschutz Entertainment Group) e a Traffic. A WTorre foi a responsável pela reconstrução do estádio, a AEG era responsável pela gestão e a Traffic pelo marketing esportivo e vendas de camarotes.

A situação entre Traffic e WTorre era a pior. O negócio funcionava da seguinte forma: a Traffic vendia camarotes e recebia comissões pelos negócios que fechava. Só que na prática, quem recebia o dinheiro do cliente era a WTorre, que repassava a comissão para a Traffic. Mas no fim das contas o negócio desandou a partir do momento em que o tal repasse deixou de ser feito pela WTorre. Depois que a Traffic cobrou as comissões atrasadas, notificando a WTorre e não recebendo nada, ela decidiu processar a Real Arenas Empreendimentos Imobiliários S.A. (uma empresa do grupo da WTorre) pedindo uma indenização de R$ 2,2 milhões. No dia 11 de dezembro de 2015, a juíza Toni Yuka Kôroku, da 13ª Vara Cível de São Paulo ordenou que o pagamento deveria ser feito dentro de três dias pela WTorre. Porém, tudo ainda segue em aberto. Mesmo com a parceria encerrada, o contrato entre a Traffic e WTorre ainda existe, porém a agência já teria parado de vender os camarotes desde outubro de 2015 por falta de pagamento e está só esperando o pagamento da divida para fazer o rompimento do contrato.

A relação entre AEG e WTorre

Logo da empresa norte-americana AEG.

Logo da empresa norte-americana AEG.

A situação entre a AEG e a WTorre está bem complicada, tendo chegada ao poder judiciário no começo da segunda quinzena de fevereiro. A empresa norte-americana AEG pede o pagamento de valores entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões e já teria mandado uma notificação extrajudicial para receber a tal quantia. Porém, a construtora WTorre, não entende porque teria algo a ser pago.

Este não foi o primeiro problema entre as duas empresas que administram a Arena do Palmeiras. Ainda quando a AEG tinha sido contratado pela WTorre para gerir o Allianz Parque em 2013, a empresa veio para o Brasil adquirir dinheiro para o estádio através de shows e patrocínios. Até mesmo a venda do nome para a Allianz teria ajudado na relação global entre a seguradora e a empresa americana. Porém, a partir do momento em que a WTorre montou um grupo próprio para participar da operação na arena, tudo virou uma confusão. Um exemplo desta bagunça, é que alguns clientes procuravam tanto a WTorre como a AEG para negociar os mesmos patrocínios e shows.

Segundo uma publicação na última terça-feira (16) do jornal O Estado de S. Paulo, depois destes problemas a construtora WTorre decidiu romper com o grupo norte-americana AEG. Além dos problemas entre as duas empresas no fim do ano passado, a mudança de local para serem realizados os shows da banda Rolling Stones, foi algo que ajudou muito para o rompimento da parceria entre as empresas. Mesmo a banda inglesa tendo um contrato de exclusividade com a AEG, os shows foram transferidos para o Estádio Morumbi, que é a casa do grande rival paulistano, o São Paulo.

De acordo com o jornal, a empresa americana não teria cumprido sua função de procurar grandes eventos para serem realizados na Allianz Arena, pois, também segundo jornal, o AEG não tinha nem um plano de gestão para a arena. Como consequência, a WTorre teria enviado uma notificação sugerindo o rompimento. Nesta mesma notificação, a WTorre afirmou estar surpresa com a cobrança de R$ 5,1 milhões feita pela AEG, que segundo a empresa americana seria referente a taxas de administração, patrocínios e reembolsos.

O impasse com a Conmebol

Placa da seguradora Allianz dentro da Arena do Palmeiras.

Placa da seguradora Allianz dentro da Arena do Palmeiras.

No fim da semana passado, no dia 12 de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo tinha divulgado que a Conmebol poderia impedir que o Palmeiras realizasse seus jogos pela Copa Libertadores em seu próprio estádio. A entidade teria avisado ao Palmeiras que não poderia exibir placas com nomes das marcas de patrocinadores que não sejam ligados a confederação, durante os jogos da Libertadores. A diretoria do Palmeiras teria visto o problema depois de receber um manual de orientações sobre patrocínios que foi distribuído aos clubes que participarão da edição deste ano da Copa Libertadores. O clube falou com a WTorre e foi avisado que as placas no estádio com o nome da Allianz, seguradora dona do naming rights, não serão tiradas do estádio e nem serão encobertas, o que deixou o clube de mãos atadas. Caso a confederação não mudasse de opinião, o Palmeiras estaria disposto a jogar em outro estádio, como o Pacaembu.

Mas nesta última terça-feira (16) a Conmebol publicou em seu site oficial uma notificação sobre o assunto. Na notificação, a confederação afirma que os clubes receberam o regulamento da Libertadores, que neste regulamento existem pontos específicos sobre em quais condições os estádios devem se apresentar para jogos na competição. A WTorre já avisou que não irá cobrir e nem retirar as placas com o nome da Allianz, e enviaram até uma nota para a Conmebol, criticando a postura da entidade.

O atual campeão da Copa do Brasil e vencedor de uma edição da Copa Libertadores estreará como mandante no dia 2 de março, contra o Rosário Central da Argentina pela segunda rodada do Grupo 2.

Boas Apostas!