Torcida do Flamengo no Maracanã.

Torcida do Flamengo no Maracanã.

Com os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Maracanã e o Engenhão não poderão ser usados pelo Flamengo em seus jogos como mandante, o que trouxe um grande problema ao clube. Só nesse começo de ano, o Flamengo já passou por Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Vitória e Brasília em seus jogos “em casa”, o que gerou um desconforto entre o departamento de futebol e a diretoria. Mas o lucro de R$ 2 milhões com as vendas das partidas, mostraram que o problema pode trazer um bom lucro para o clube. O mengão já teve um bom lucro nos amistosos na pré-temporada contra o Ceará e Santa Cruz, que foram disputados em Fortaleza e Recife, respectivamente. O Flamengo ainda vendeu o mando de campo do confronto com o América-MG, que foi disputado no Espírito Santo, e R$ 750 mil no confronto contra o Fluminense que foi disputado em Brasília.

O clube vem conversando com a comissão técnica para decidir onde o Flamengo mandará seus jogos, já que o técnico Muricy Ramalho deixou claro que prefere ter uma casa fixa. O técnico afirma que os jogadores sofreriam por ficarem viajando pelo Brasil todo, além de perder tempo para recuperação e treinamentos. Muricy ainda falou que caso o Flamengo não crie uma identidade com um estádio fixo, poderia trazer uma desvantagem ao Flamengo no Campeonato Brasileiro.

CBF veta Brasília

Walter Feldman (CBF) ,Eduardo Mello (Flamengo) e Rubens Lopes (FERJ).

Walter Feldman (CBF) ,Eduardo Mello (Flamengo) e Rubens Lopes (FERJ).

Buscando uma casa fixa para mandar seus jogos, o Flamengo fechou um acordo com o governo do Distrito Federal para jogar na capital federal. Mas um pouco depois do acordo fechado com o governador Rodrigo Rollemberg, a CBF vetou a possibilidade de Brasília ser a nova casa do Flamengo durante o Brasileirão. A notícia foi criticada pelo presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, que afirmou que a decisão teria sido tomada por causa de uma pressão do presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) Rubens Lopes, já que a federação não está com um bom relacionamento com o Flamengo. Um exemplo foi o caso da Primeira Liga, onde o Flamengo e o Fluminense sofreram pressão da FERJ, sendo ameaçados de sofrerem multas pesadas se acaso entrassem em campo pelas partidas da Primeira Liga, que ao entender da FERJ e da CBF, a Liga estaria ameaçando as suas “hegemonias detentoras do futebol brasileiro”.  Mas o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, negou a existência do veto dizendo que já teria avisado o Flamengo de que precisaria indicar outro estádio para jogar, mesmo o clube tendo pedido uma condição excepcional por causa das Olimpíadas, mas tal ideia foi negada pela CBF para não dar nenhum privilégio ao clube. Do outro lado, o presidente do Flamengo afirma que já tinha um parecer jurídico autorizando a mudança de estádio. “Isso só demonstra que CBF e FERJ são a mesma coisa em termos de princípios e valores. Tínhamos o parecer jurídico pronto, eles (a CBF) sinalizaram positivamente há mais de seis meses e agora em cima da hora mudam. […]”

O secretário-geral da CBF Walter Feldman afirmou que nunca houve um parecer liberando o Flamengo para mandar seus jogos no Mané Garrincha. Walter  explicou a situação: “Eduardo sabe que não é isso (o veto). Ano passado ele nos pediu para considerar a possibilidade tendo em vista a condição dos estádios do Rio por conta dos Jogos Olímpicos, querendo realizar mandos de jogos fora do Rio e queria achar estádio oficial do ano de 2016. Estudamos essa possibilidade, vimos todas as esferas jurídicas, porque não existe essa figura de ter estádio alternativo oficial. Qualquer clube que queira jogar fora precisa de autorização da federação (no caso, a FERJ) e da federação onde irá jogar e do clube visitante. No Brasil inteiro é assim. […] Mas não podemos passar por cima das federações, nem dos direitos dos clubes que serão convidados para jogar lá. […]” afirmou Walter.

O que resta aos torcedores do Flamengo é esperar o desenrolar de toda essa história. Por enquanto, o clube ainda está sem um estádio fixo, de um lado prejudica os cariocas e o time, pois os torcedores necessitam irem de um estado para o outro para poder acompanhar seu time do coração e o time fica sem referência de fator casa, pois joga sempre em estádios e campos diferentes, o que é uma desvantagem no fator técnico. Já pelo lado bom, é o lucro financeiro que o clube tem com as arrecadações e venda dos jogos. Outra coisa boa fica por conta dos torcedores do mengão de outros estados, que podem ter a oportunidade de assistir ao vivo o rubro-negro jogar.

Boas Apostas!