Maria Lenk é a nadadora que deu o nome ao Troféu Maria Lenk.

Maria Lenk é a nadadora que deu o nome ao Troféu Maria Lenk.

No mês de abril foi realizado o Troféu Maria Lenk, que serviu como um evento teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e também definiu o destino de vinte e nove nadadores brasileiros que se classificaram para as Olimpíadas. O Troféu Maria Lenk recebeu esse nome para homenagear a ex-nadadora Maria Lenk, a primeira nadadora sul-americana que disputou uma Olimpíada, e é considerada a segunda principal competição de natação atrás apenas do Troféu José Finkel. Disputada desde 1962, o Troféu Maria Lenk tem como principais vencedores o Clube Pinheiros com quatorze títulos, seguido por Flamengo com treze, Minas com nove e Fluminense com cinco títulos. Essa é mais uma competição que sofre com a hegemonia dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, assim como o futebol. Separando os títulos por estado, o maior vencedor é o Rio de Janeiro com vinte e seis títulos, depois São Paulo com vinte e Minas com nove.

Evento teste para as Olimpíadas

Por se tratar de um evento teste, durante e após o fim do Troféu Maria Lenk foram apontados alguns problemas na estrutura do local da competição, o Estádio Aquático. Mesmo com a piscina interna sendo muito elogiada, o calor dentro do Estádio Aquático do Parque Olímpico foi uma das principais reclamações dos atletas, dirigentes, jornalistas e do pequeno público presente. O nadador Cesar Cielo reclamou do calor, mas opinou que poderia ser por causa das altas temperaturas no Rio de Janeiro. “Tá um pouquinho quente aqui dentro, não vou mentir. Não sabia que era tão quente aqui dentro, mas talvez seja a época do ano mesmo. A época da Olimpíada vai ser inverno aqui no Rio”. Já o nadador Thiago Pereira também falou sobre o assunto. “Pelo que eu fique sabendo vai ter que aumentar a ventilação da piscina né. […] Acho que tem algumas melhorias que tem que ser feitas sim”. Para melhorar essa situação, foram colocados ventiladores nas salas de descanso e relaxamento dos atletas.

Imagem da área interna do Estádio Aquático e destacado em vermelho a coluna que causa “ponto cego” da piscina.

Imagem da área interna do Estádio Aquático e destacado em vermelho a coluna que causa “ponto cego” da piscina.

Já na piscina do lado de fora, a reclamação foi o sol e calor forte nos momentos da competição. Era previsto que do lado de fora, tivesse uma cobertura em cima da piscina externa, porém, ela não ainda não ficou pronta e com isso os nadadores tiveram que aguentar o sol forte do Rio de Janeiro. “Durante os Jogos a gente vai ter a cobertura, vai ter o sistema de ar-condicionado, mas agora para o evento teste a gente não utilizou. Isso já foi avisado a CBDA desde o plano inicial, e a gente já tinha planejado isso. O que a gente não esperava era 35° agora, nesta época do ano. Mas tá quente, os atletas tem o direito de reclamar realmente”, disse o representante do Comitê Organizador dos Jogos, Rodrigo Garcia.

Já que as obras ao redor não estão 100% prontas, não foi possível contar com a presença de um forte público, apenas algumas pessoas foram convidadas e puderam entrar no Parque Aquático. Porém, aqueles que assistiram a competição Maria Lenk perceberam, além do calor, a presença de alguns pilares que ajudam na sustentação do teto, as quais criam alguns pontos cegos nas arquibancadas. “A gente tem acentos atrás dessa estrutura que a gente trabalha com ‘visão parcial’. […] Esses (ingressos) especificamente não foram colocados a venda. Se forem colocados a venda, serão colocados com essa observação de ‘visão parcial’ do evento”, afirmou Rodrigo Garcia. E para ajudar, no último dia da competição/evento teste, aconteceu um apagão que atrasou em pelo menos uma hora a final do sexto dia do Troféu Maria Lenk. O representante do Comitê também falou sobre isso. “O sistema hoje, em todas as instalações olímpicas, a gente conta com dupla alimentação além do sistema de backup. Quer dizer, se você tem um sistema entrando energia e ele tem uma falha, o outro sistema se sobrepõe e se esse outro sistema também tiver uma falha, o sistema de backup, através de um gerador, entra na instalação. As áreas vitais para a competição, como o sistema de cronometragem, não vai apagar porque ele está em cima de um gerador”, afirmou Rodrigo.

Por outro lado, o principal de toda a competição, a piscina, foi muito elogiada. “Ela é um pouco menor do que as outras arenas, eu não lembro muito bem de Atenas, mas Londres era bem melhor, mas aqui é mais aconchegante, é meio que uma arena mesmo. Então é bem bacana, eu gostei”, afirmou a nadadora Joana Maranhão. O nadador Thiago Pereira também elogiou o local: “O cenário aqui tá bem bonito e no final vai estar igual para todo mundo”. O nadador Marcos Macedo elogiou a estrutura: “A estrutura que a gente viu aqui, que a gente tá vendo é uma boa estrutura. Eu acho que disparado essa consegue ser a melhor piscina que a gente já teve aqui no Brasil”.

Boas Apostas!