O goleiro Jefferson de Oliveira Galvão é declarado por muitos um dos melhores goleiros do Brasil. Atualmente com 33 anos, vinha defendendo o time do Botafogo-RJ, um clube tradicional do Rio de Janeiro que compõe um dos vinte times da Série A e que já iniciou a disputa de 2016. Jefferson teve sua infância no interior de São Paulo, mais especificamente na cidade de São Vicente, o menino pobre chegou a ser artista circense como assistente de palhaço, foi velocista e praticava capoeira.
Sua carreira começou nas divisões de base da Ferroviária de Assis, clube do interior de São Paulo. Inicialmente o menino atuava como atacante, mas foi convencido pelo técnico a mudar de posição de atacante para goleiro, devido sua estatura alta. No Ferroviária de Assis, Jefferson ficou de 1995 à 1997, chamou a atenção do clube mineiro Cruzeiro, clube qual defendeu nas categorias de base dos 14 aos 17 anos. Chegou a equipe principal em 2000 com apenas 17 anos e ficou até 2005 efetuando 70 jogos. Depois disso foi emprestado para o América-SP e Botafogo de 2003 à 2005. Após isso, o goleiro foi para a Turquia e defendeu o Trabzonspor de 2005 à 2008 e depois foi para um outro clube turco o Konyaspor, clube o qual ficou durante a temporada de 2008/09. Em 2009 Jefferson voltou para o Brasil e foi contratado pelo Botafogo, clube qual defende até hoje.
Ápice da carreira
Jefferson defendendo pênalti batido por Messi em Superclássico.
Jefferson teve passagens pela seleção brasileira sub-20, quando conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo e Mundial sub-20 da FIFA nos Emirados Árabes Unidos ambos em 2003. Mesmo com grandes passagens pela seleção sub-20, o melhor momento do goleiro foi quando atuou pela seleção principal do Brasil, sonho de qualquer jogador brasileiro.
Em julho de 2010 Jefferson foi chamado pelo técnico Mano Menezes para atuar pela seleção principal em um jogo amistoso contra os Estados Unidos, logo após foi novamente convocado para atuar contra o Irã, Ucrânia e Argentina, neste ano também foi campeão Carioca pelo Botafogo. Estes foram os primeiros compromissos com a equipe principal da seleção brasileira. Foi convocado para participar da Copa América de 2011, no mesmo ano em agosto foi chamado para o Superclássico das Américas, disputado em dois jogos contra a Argentina, onde somente participam jogadores que atuam nos países. Jefferson passou os dois jogos sem tomar gol. Depois foi convocado novamente para outros amistosos, em outubro daquele ano, em um jogo contra o México, o goleiro defendeu um pênalti que ajudou o Brasil a vencer a partida. Em 2012 atuou novamente no Superclássico só que participou somente da primeira partida quando foi capitão da equipe. Em 2013 foi reserva na Copa das Confederações quando o goleiro Júlio César começou a tomar sua vaga de titular na equipe, Jefferson foi campeão Carioca novamente naquele ano. Talvez este tenha sido um livramento para Jefferson, pois o goleiro Júlio César seria o titular na Copa do Mundo do Brasil, e teria o grande fardo de ser o protagonista no 1×7 contra a Alemanha. No mesmo ano, Jefferson defendeu um pênalti de Messi em partida contra a Argentina, um fato que destacou e muito o goleiro.
O que queremos evidenciar é que desde 2010, Jefferson teve bons momentos, campeão Carioca em 2010, estreou pela seleção em 2011, foi capitão da seleção em 2012, em 2013 voltou a ser campeão estadual, no mesmo ano foi campeão do Superclássico, pegou pênalti de Messi em 2014, enfim, Jefferson vivia o céu, porém sua sorte estava por mudar.
Inferno astral e lesão rara
Lance em que Jefferson falhou na final do Carioca de 2016.
Após a Copa, com o técnico Dunga, o goleiro voltou a ter mais espaço, porém após a Copa América em 2015, ao final do ano perdeu a titularidade para o jovem goleiro Alisson do Internacional o que surpreendeu Jefferson e a muitos. Sua sorte estaria começando a mudar, no começo do semestre de 2016 as coisas pioraram e muito, por mais que o goleiro tenha sido um dos responsáveis por o time recheado de jovens do Botafogo tenha conseguido disputar a final do Carioca, bastou uma falha durante um jogo da final para que todos condenassem Jefferson e colocassem em sua conta a perca do título do regional.
Talvez o abatimento psicológico tenha iniciado no dia 03 de março, quando o goleiro ficou sabendo que ficou de fora da convocação dos primeiros jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Jefferson chegou a fazer uma declaração sobre a comissão técnica da seleção brasileira em um programa de TV “poderia ter lhe dado um pouco mais de crédito”, se referindo a tudo que já havia feito pela seleção brasileira. Mesmo cortado dos primeiros jogos das eliminatórias, em entrevistas, o goleiro ainda declarava que não havia desistido da seleção, porém no fim de abril a ficha caiu, o goleiro ficou de fora da pré-lista da Copa América. Depois disto, ocorreu um fato terrível, o goleiro falhou em um lance de gol no primeiro jogo da final do Carioca, quando em um cruzamento na área, o goleiro saiu de forma errada e tomou um gol em uma cabeçada do atacante Jorge Henrique. O jogo terminou em 1×0 para o Vasco e como a segunda partida terminou empatada e com o Vasco sendo campeão, a falha de Jefferson foi decisiva na perca do título.
Se já não bastasse a falha que decretou o vice-campeonato do Botafogo, o goleiro acabou por se contundir em um jogo válido pela Copa do Brasil, contra o Juazeirense no dia 12 de maio. Ao sentir a dor muscular atrás do braço, o goleiro pediu para ser substituído, para não gerar nenhuma lesão maior, porém a tentativa de evitar uma lesão maior foi em vão, após exames de imagem foi constatada uma ruptura parcial do tendão do tríceps, o que gerou a necessidade de uma cirugia. O goleiro ficará afastado dos gramados por no mínimo três meses, ou seja, o goleiro ficará de fora do primeiro semestre do brasileiro de 2016. O que mais chamou a atenção é que esta lesão é bastante rara e evidencia ainda mais a má sorte do goleiro. O caso é tão complicado, que a intervenção cirúrgica terá que tirar enxerto do joelho do atleta para fazer a sutura do tendão de seu tríceps. O goleiro ficará seis semanas com uma tipóia no braço (para imobilizar os movimentos do braço), depois virão as fisioterapias, portanto só veremos o goleiro atuar novamente no segundo semestre deste ano.
Boas Apostas!