Representantes de federações da Fifa votando no 1º turno

Representantes de federações da Fifa votando no 1º turno

A disputa eleitoral para a presidência da Fifa para o mandato de 2016 à 2019 foi concorrida por cinco candidatos. Alguns dos  candidatos já ficaram de fora logo no começo, foi o caso de Michel Platini, o coreano Chung Mong-Joon e o ex-jogador Zico que não conseguiu apoio de no mínimo cinco confederações.  Oficialmente a FIFA divulgou os nomes de somente cinco candidatos. Gianni Infantino, Jerôme Champagne, Ali bi Al-Hussein, o Sheik Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa e Tokyo Sexwale.

Jérôme Champagne um francês de 57 anos, diplomata e consultor de futebol internacional. Atuou como secretário-geral da FIFA até 2010, teve uma grande aproximação com Joseph Blatter, talvez isto tenha o prejudicado.

Presidente da Federação da Jordânia, o príncipe jordaniano Ali bi Al-Hussein de 39 anos. O principe já tinha sido vencido na eleição em 2015 para Joseph Blatter por 133 votos contra 73.

O presidente da Confederação Asiática de Futebol  (AFC), o Sheik Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa de 50 anos, ex presidente da Bahrain Football Association e da Comissão Disciplinar da AFC, foi também vice-presidente do Comitê Disciplinar da FIFA.

O sul-africano Tokyo Sexwale de 63 anos, bastante influente na Africa do Sul, bancada com 54 federações das 209. Participou da organização da Copa do Mundo de 2010, cuja campanha ficou marcada por indícios de compras de votos de confederações menores. Isto pode ter o prejudicado na concorrência ao cargo máximo da instituição.

No 1º Turno as votações ficaram do seguinte modo: 88 votos para Gianni Infantino, 85 para Salman Al Khalifa, o Principe Jordaniano Ali Bin Al-Hussein ficou com 27 votos. Champagne teve 4 votos. Levando a disputa para o segundo turno.  A vitória de Gianni no segundo turno foi de 115 votos contra 88 do xeque Salman Al Khalifa.

Gianni Infantino, o novo presidente

Gesto de Gianni Infantino ao ser declarado novo presidente da FIFA.

Gesto de Gianni Infantino ao ser declarado novo presidente da FIFA.

Gianni Infantino, o novo presidente da FIFA, tem 45 anos e é poliglota, fala fluentemente o inglês, alemão, francês, italiano e espanhol. Nascido em 23 de março de 1970 na cidade de Brig, é filho de italianos e formado em direito pela Universidade de Freiburg, na Suíça. Na sua empreitada profissional Gianni escalou diversos cargos no mundo do futebol. Foi secretário-geral do Centro Internacional de Estudos do Esporte, na Universidade de Neuchâtel, em seu país natal, até 2000, chegando à supervisão de temas legais e comerciais da UEFA.  Se tornou diretor legal e de licenciamento da UEFA em 2004, depois se tornou chefe-executivo interino em 2007 e secretário-geral em 2009.

Entre suas colaborações para o mundo do futebol, está a implementação da regra do “fair play financeiro”, que proíbe o clube de gastar mais do que arrecada. O que freia a injeção de dinheiro de bilionários em seus clubes regionais. Para sua candidatura, o ponto forte que lhe atribuiu apoio quase que generalizado, foi a promessa de aumentar a quantidade de vagas no maior evento da entidade, a Copa do Mundo. Gianni já tinha aumentado o número de vagas da Euro 2016 em sua passagem pela UEFA, que eram dezesseis e agora passaram a ser vinte e quatro vagas. Já em sua candidatura para presidência da FIFA agora em 2016,  Gianni prometeu aumentar as vagas da Copa do Mundo, de trinta e duas para quarenta, o que lhe garantiu uma grande quantidade de votos a mais que seus concorrentes.

Gianni disse em entrevista: “Eu acredito em expandir a Copa com base na experiência que tivemos com as Eurocopas” e disse também: “Se você é sério ao tratar do desenvolvimento do futebol, você precisa envolver mais associações no melhor evento futebolístico do mundo”.

Coincidência ou não, a mesma estratégia  foi usada por Havelange e Blatter, os quais prometeram aumentar a quantidade de vagas nas Copas do Mundo em suas épocas.  João Havelange foi presidente da Fifa entre 1974 e 1998, Joseph Blatter sucedeu Havelange e foi suspenso recentemente por seis anos de qualquer cargo ligado ao futebol, após ser considerado culpado de “conflito de interesses” e “gestão desleal”. Gianni se destacou entre os outros concorrentes ao cargo pela sua vida idônea, não tendo o nome envolvido em nenhum escândalo. Este foi um ponto forte em sua candidatura, pois a entidade está suplicando por um novo recomeço, após uma série de escândalos que prejudicam a credibilidade da instituição.

Mais informações sobre a FIFA e os candidatos, confira nossa outra matéria do site:

https://www.apostasesportivasonline.net/os-candidatos-a-presidencia-da-fifa-2016/

Boas Apostas!