O volante Dunga iniciou sua carreira como jogador no Internacional e teve passagens por Corinthians, Santos, Vasco da Gama, foi para o exterior e jogou em times italianos como Pisa, Fiorentina e Pescara, jogou na Alemanha pelo Stuttgart, Japão pelo Júbilo Iwata e encerrou sua carreira no time que o revelou, o Internacional. Dunga atuou pela seleção brasileira, tanto olímpica quanto principal de 1987 a 1998, foram 91 jogos e 7 gols.


Dunga levantando a taça da Copa de 1994, ao lado Romário, o principal responsável pela conquista.
Dunga ficou conhecido internacionalmente quando foi convocado para a Copa de 1990 na Itália, o atual técnico Sebastião Lazaroni havia assumido a seleção após Telê Santana ser demitido por desclassificações nas copas de 1982 e 1986, sendo acusado de se preocupar mais em jogar bonito do que vencer as copas. Sebastião Lazaroni quis dar uma nova cara a seleção brasileira, uma seleção com mais raça e marcação, foi aí que Dunga entrou em cena e então este período ficou conhecido como a “Era Dunga”, mas o estilo do jogador não agradava e o jogador foi responsabilizado pelo fraco desempenho da seleção na Copa de 1990 quando o Brasil foi desclassificado por 1×0 pela Argentina nas oitavas de final, após boa jogada de Maradona, passando a bola para o gol de Caniggia. Em 1994, a seleção comandada por Parreira e Zagallo, conquistou o tetra na Copa do Mundo dos Estados Unidos, onde o grande responsável pela conquista foi o baixinho Romário. Naquela ocasião Dunga foi capitão da equipe e foi redimido, mais uma vez dizendo, graças ao baixinho.
Primeira passagem de Dunga no comando da seleção


Dunga, anunciado novo técnico da seleção em 2006.
Em 2006, após 12 anos da conquista da Copa de 1994, Dunga foi chamado para substituir Parreira (técnico do tetra de 1994), após a desclassificação do Brasil nas quartas de final para a França por 1×0. O objetivo com a entrada de Dunga para o cargo de técnico era uma renovação e preparação para a Copa de 2010. O grande equívoco da CBF, foi trazer o ex-jogador Dunga, campeão de 1994, “graças a Romário”, para ser técnico, o qual não tinha tido experiência alguma na função de treinador. Entre outros objetivos do novo técnico, seria acabar com as regalias dos jogadores que foram mal na Copa da Alemanha.
Com o comando da seleção, Dunga conseguiu títulos, foi campeão da Copa América de 2007 com um 3×0 contra a Argentina na final. Conseguiu outro título em 2009, o da Copa das Confederações com uma virada na final contra os EUA. Só que na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, tomou uma virada da Holanda por 2×1 nas quartas de final e foi desclassificado. Na ocasião, o jogador Felipe Mello, muito conhecido por lances agressivos, era referência de um time da “Era Dunga”, jogava com raça e defendia bem, porém pisou em um jogador da Holanda durante a partida, quando o jogador já estava no chão, Felipe foi expulso e Dunga tinha mais uma alteração na manga, mas nada fez, ficou só observando a virada da Holanda. Dunga foi muito criticado por isso. Dunga foi demitido da comissão técnica após a desclassificação da Copa de 2010, Dunga teve um aproveitamento a frente a seleção com bom em números, de 2006 a 2010 foram 60 jogos com 42 vitórias, 12 empates 6 derrotas. Porém se tratando de seleção brasileira estes números não foram tão bons assim. Com um time recheado de craques, praticamente tendo os melhores jogadores do mundo nas mãos, Dunga deixou muito a desejar. Encerrava-se assim a primeira passagem de Dunga como técnico da seleção brasileira.
Segunda passagem de Dunga no comando da seleção


Dunga após a eliminação na 1ª fase da Copa América Centenária de 2016.
Depois de 2010, com a demissão de Dunga, Mano Menezes assumiu o cargo e ficou até 2012, quando foi substituído por Felipão o qual foi responsável pelo vexame da Copa de 2014 que todos já conhecem. Após o vexame da derrota por 1×7 para a Alemanha, Felipão foi demitido. A opinião de todos era a favor de uma total reformulação no futebol brasileiro, todos clamavam por mudanças, mas surpreendentemente, a CBF, ao invés de pensar para frente, voltou no tempo e chamou o Dunga para ser novamente técnico da seleção.
Dunga a frente da seleção, agora em sua segunda passagem como técnico, conseguiu ser eliminado nos pênaltis pelo Paraguai na Copa América de 2015 no Chile. Nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, deixa a seleção na sexta posição, ou seja, fora da Copa do Mundo neste momento, isto seria um fato histórico, pois o Brasil nunca na história deixou de participar de uma Copa do Mundo. A gota d’agua foi a eliminação do Brasil na fase de grupos da Copa América Centenária nos EUA em 2016, quando empatou com o Equador em 0x0, venceu o fraquíssimo Haiti por 7×1, o que mais serviu para relembrar a trágica derrota por 1×7 para a Alemanha, e parece que anunciava outro vexame, já que no terceiro jogo, perdeu para o Peru por 1×0 com gol de mão, o que não justifica nada, pois o Brasil precisava de apenas um empate e não chegou a fazer nenhum gol.
Seu retrospecto frente à seleção nesta sua segunda passagem, novamente não foi condizente a grandeza da seleção brasileira, de 2014 a 2016, foram 18 vitórias em 26 jogos, a maioria das vitórias em amistosos com seleções fracas. Contando somente jogos oficiais, foram 13 jogos com apenas 5 vitórias. A demissão de Dunga após a desclassificação na primeira fase da Copa América Centenária, ocorreu não somente pelos números, mas por uma falta de definição de um time, por falta de um padrão tático e por falta de iniciativa e indecisão nas alterações em momentos em que o time passava por momentos difíceis, o que ficou bem evidente na partida contra o Peru, que quando acabou levando o gol aos 29’ do segundo tempo, ainda tendo duas alterações na manga, não fez absolutamente nada.
Boas Apostas!