O estatuto de campeã do mundo fala por si só e eleva a expectativa generalizada em relação à participação de uma França que se apresenta nessa Eurocopa como principal favorita à conquista do título. As cotações das Casas de Apostas também indicam nesse sentido a situação é tudo menos surpreendente, atendendo à quantidade e qualidade de soluções que Didier Deschamps tem sob suas ordens.
A seleção francesa voltou a ocupar o trono do futebol mundial há três anos atrás, quando conquistou a Copa do Mundo em solo russo após bater a Croácia na decisão por quatro bolas a duas. No entanto, no coração dos gauleses, tem uma ferida que ainda está por sarar, provocada pela derrota na final da Eurocopa 2016, jogando na própria casa, frente à equipa de Portugal. Se os franceses têm sede de revanche, poderão tê-la já na fase de grupos, dado que o sorteio voltou a juntar os dois times naquele que é o grupo mais forte dessa primeira fase. A França é clara e óbvia candidato ao título e não tem como escapar a esse estatuto.
Classificação tranquila
Organizadora da última edição da prova, a França voltou a disputar as eliminatórias de classificação para essa Eurocopa 2020 e venceu a respetiva chave. Inserida no grupo H junto com Turquia, Islândia, Albânia, Andorra e Moldávia, a “Bleu” confirmou seu favoritismo ao vencer a chave com 25 pontos em 30 possíveis, perdendo no entanto um dos desafios para a Turquia, algo que não tirou o sono ao selecionador Didier Deschamps. Com oito vitórias, um empate, uma derrota, 25 gols marcados e seis sofridos, os franceses não tiveram dificuldade em se garantir na Eurocopa.
Didier Deschamps quer repetir feito
Ex-internacional pela França, Didier Deschamps é um dos selecionadores que se apresentam nessa Eurocopa que está há mais tempo no cargo. O timoneiro da França assumiu a seleção em 2012, guiou sua seleção a todas as fases finais desde então tal como seria de esperar e, após seis anos no cargo, fez dos “Bleus” campeões do mundo. Agora, quer repetir aquilo que fez enquanto jogador e capitão nos anos de 1998 e 2000 e conquistar a Eurocopa após a Copa do Mundo.
Eliminado nas quartas da Copa do Mundo em 2014 e, bem pior que isso, derrotado em casa por Portugal na final da Eurocopa 2016, Didier Deschamps resistiu, continuou a contar com o apoio dos responsáveis da Federação do Galo e acabou recolhendo o “frutos” dessa mesma aposta. Agora, o objetivo é claro: conquistar a Europa e repetir 1998 – 2000. Cumprindo esse objetivo, Deschamps será um homem realizado também enquanto selecionador. Para já, uma coisa é certa: é um privilegiado por poder contar com um leque de opções desse, sendo que a quantidade de soluções de qualidade com as quais pode contar é verdadeiramente impressionante.
Constelação francesa
A seleção francesa dispõe de opções de inegável qualidade para todo e qualquer sector e conta agora com o retorno de Karim Benzema, atacante que fez mais uma grande época ao serviço do Real Madrid e tornou a representar os “Bleus” após cinco anos afastado por conta de uma polêmica por alegada chantagem com o ex-companheiro de seleção Mathieu Valbuena. Apesar de ter abandonado o encontro de preparação frente à Bulgária com queixas físicas, a tendência é para que o atacante seja titular na frente ao lado de Kylian Mbappé, jogador que surge aqui três anos mais maduro depois já ter brilhado na Copa do Mundo 2018. Kinglsey Coman falhou a Copa da Rússia e é outro “reforço” de luxo para atacar essa edição da competição.
Lloris será titular no gol, com Pavard, Varane, Kimpembe e Hernández como quarteto mais recuado. Na meia, Kanté quer dar continuidade à grande época que fez, coadjuvado por Tolisso e Paul Pogba. Já no ataque, Griezmann, Mbappé e Benzema procurarão atemorizar as zagas contrárias. A França quer dominar, dispõe de múltiplos recursos de jogo para se impor e essa é com toda a certeza uma das melhores gerações da história do futebol francês, algo que é suficientemente elucidativo tendo em conta a quantidade de estrelas que compõem a história do futebol daquela nação.
França na Eurocopa 2020
A seleção da França é tida como a principal favorita à conquista da Eurocopa 2020 e, tendo isso em consideração, só podemos prognosticar a seu favor no que diz respeito ao desempenho na fase de grupos. A equipa “Bleu” é efetivamente a principal favorita a vencer sua chave, partilhada com as seleções de Alemanha, Portugal e Hungria. Nenhum jogo será fácil para a França, mas os eleitos de Didier Deschamps vão entrar em qualquer um de seus compromissos enquanto favoritos à vitória. Ver essa França não avançar às eliminatórias seria com toda a certeza um dos maiores fracassos da história da nação em termos futebolísticos e simultaneamente um dos maiores escândalos do futebol de seleções dos últimos anos. Tem seleções que acabam desiludindo quando um ciclo se fecha e estão necessitando renovação, como é o caso da Espanha em 2014 ou da própria Alemanha em 2018, mas essa França e os selecionados estão longe de se encontrar em fase descente nas suas carreiras e tudo nos leva a crer que os franceses vão fazer um grande torneio.
Recordes de França na Eurocopa
A França conquistou a Eurocopa por duas vezes na sua história, a primeira em 1984, a segunda em 2000, dois anos depois de sagrar campeã mundial atuando em casa. Essa será a 13ª fase final consecutiva de um grande torneio com a presença da França, nação que não falha um torneio desde o Euro 1996. Daí para cá, disputou cinco finais de grandes competições e venceu três.
Se tudo correr bem, nessa Eurocopa, Hugo Lloris “descolará” de Thierry Henry e se tornará no segundo jogador mais internacional de sempre pela França. Por esta altura, o goleiro conta 123 internacionalizações. Olivier Giroud, também relacionado, é um dos dez mais internacionais, sendo que Antoine Griezmann é o quinto melhor marcador de sempre com 35 tentos apontados com a camisa dos “Bleus”. Karim Benzema também figura nessa lista de artilheiros franceses com 27, se situando a um de apanhar Djorkaeff (28) e a três de Papin e Fontaine (30).
Boas Apostas!