A gestão da banca é um dos aspetos mais difíceis de gerir no mundo das apostas esportivas. Aplicar o Critério de Kelly pode ser uma ajusta nesse sentido.
Quanto tempo já dedicou pensando no valor certo para apostar em uma possibilidade e acabou se apercebendo que, quanto mais pensamos, mais dúvidas temos?
Tem vezes que acertamos e outras que erramos, isso faz parte das apostas e da vida, mas o que define se um apostador tem ou não sucesso é sua capacidade de maximizar lucros e reduzir perdas.
É de gestão de banca que lhe estamos falando e hoje lhe vamos apresentar o Critério de Kelly.
Esse é apenas um critério que pode tomar a forma de uma estratégia e que, por esse motivo, consideramos que deve conhecer. No entanto, isso não significa que concordemos totalmente com ele.
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Critério de Kelly e Apostas Esportivas
Antes de tudo, para uma gestão de banca bem-sucedida, o apostador deve definir um “x” para investir.
A partir daí, terá sua Bankroll, na tradução livre, sua banca de apostador.
Reforçamos aquilo que já lhe dissemos anteriormente: esse dinheiro deve ser um montante que a pessoa tenha sempre de parte e que não afete seu quotidiano.
Se o apostador estiver investindo dinheiro que estava destino a sua alimentação, renda ou outros gastos de primeira necessidade, vai estar infringindo uma das regras básicas das apostas.
Se nesse momento não tiver disponibilidade financeira para realizar suas apostas, fique de fora.
Os esportes sempre estarão aí para que invista quando puder.
Uma vez definida sua banca para apostas, precisa começar a planear sua estratégia para ter sucesso em apostas esportivas.
Para isso, poderá definir qual a porcentagem do bankroll que vai colocar em cada uma das apostas.
Muitos tipsters em apostas esportivas calculam individualmente a porcentagem que colocam em cada aposta, na vez de definirem anteriormente o valor de uma aposta.
No fundo, na vez de decidir antes que vai apostar sempre 7 por cento da sua banca, por exemplo, o apostador vai calcular cada aposta e decidir se tem mais ou menos valor.
É a partir daqui que podemos começar a introduzir um método conhecido como Critério de Kelly.
O que é o Critério de Kelly?
O Critério de Kelly deve o seu nome ao criador John Larry Kelly Jr que, quando trabalhava no Bell Labs na década de 50, escreveu um artigo em uma revista científica intitulado “A new interpreation of the Information Rate”, baseado no trabalho de Claude Shannon.
Esse método permite maximizar o crescimento da sua banca com a definição individual da porcentagem de banca que vamos atribuindo em cada aposta.
Como referimos anteriormente, cada aposta é tratada de uma forma individualizada, dependendo do seu valor.
Por isso, como tudo que envolve matemática, vamos recorrer a uma fórmula para esses cálculos:
[Odd x (Probabilidade estimada/100) – 1]
Valor a apostar (em % de bankroll) = ____ x 100
(Odd – 1)
Essa é a fórmula que o apostador precisa aplicar quando quiser saber o valor a apostar de acordo com o Critério de Kelly.
- Valor a Apostar – Resultado da fórmula que é apresentado ao apostador em forma de porcentagem total da banca.
- Odd – Odd do evento em que vamos apostar.
- Probabilidade Estimada – Probabilidade definida pelo apostador relativamente ao sucesso de determinado time ou atleta em um evento esportivo.
Vamos a um exemplo concreto.
O apostador quer investir no Hoffenheim – Werder Bremen na 22Bet.
Após seu estudo pormenorizado, o apostador decide apostar na vitória do Werder Bremen e considera que a chance de os “verdes” vencerem é de 40 por cento – essa porcentagem é subjetiva.
Arredondado às décimas, há que substituir as variáveis na equação:
[2.90 x (40/100)-1]
Valor a apostar (em % da banca) = _ x 100
(2.90 – 1)
= 0.16
Valor a apostar (em % da banca) = _ x 100
Valor a apostar: 8.4%
Nota: caso o primeiro valor (numerador) dê um resultado negativo, isso significa que a aposta não tem valor e o apostador não deve investir nesse evento.
Após alguns cálculos, o apostador percebeu que deve apostar 8.4 por cento da sua banca nesse jogo.
Esse é um valor que consideramos um pouco alto atendendo a impressibilidade do resultado.
Em nossa opinião, quando isso está acontecendo, o apostador deve utilizar o método de Kelly ½ ou Kelly ¼ que consiste em dividir o valor a apostar por 2 ou 4.
Nesse caso concreto, usando o Kelly ½, o apostador jogaria 4.2 por cento da sua banca.
Acreditamos que, nesse tipo de casos, nunca devemos aumentar a porcentagem obtida. Quanto muito, diminuir.
Lembramos que, utilizando esse método, vão ocorrer situações em que o resultado obtido vai ser superior a 10 por cento. Em todos esses casos aconselhamos a utilizar Kelly ½ ou Kelly ¼ ou ajustar a aposta para os 10% da banca.
Conclusão
O Critério de Kelly tem aplicabilidade em apostas esportivas e pode ser bem útil para quem tem dificuldade em gerir sua banca de apostador.
No entanto, nunca esqueça que está dependente da avaliação subjetiva que faça em relação à chance de um determinado cenário se confirmar ou não.
Por vezes, a confiança que depositamos em um cenário está algo desajustada da realidade e, mesmo que esteja, tem sempre o risco de dar errado. É de jogo que estamos falando.
Precisamente por esse motivo, não esquece que arriscar um valor demasiado alto da sua banca de jogador poderá acabar por ter consequências graves no plano que traçou. Por esse motivo, por vezes, aplicar o Kelly o1/2 ou o Kelly 1/4 talvez seja uma opção bem interessante.
Perguntas Frequentes
1) O que é o Critério de Kelly?
O Critério de Kelly assenta em uma fórmula que determina quanto da sua banca deveria investir em um determinado cenário.
2) Quem criou o Critério de Kelly?
O Critério de Kelly foi inventado pelo matemático e físico John Larry Kelly Jr na década de 50.
3) Como sei quanto devo apostar após aplicar o Critério de Kelly?
Depois de aplicar o Critério de Kelly, o apostador terá uma porcentagem que precisa multiplicar por sua banca de jogador para encontrar o valor que deverá investir.
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