Central Córdoba – Flamengo (Libertadores)

Cerca de um mês após uma derrota com contornos chocantes em pleno Maracanã, o Flamengo viaja até o terreno do Central Córdoba, estreante absoluto na Libertadores que vai liderando o Grupo C. O emblema “rubro-negro” viaja até Santiago del Estero em busca dos três pontos.

Análise Central Córdoba

O Central Córdoba conquistou a Copa Argentina pela primeira vez em sua história e assegurou o direito a se estrear na Libertadores, prova de clubes mais importante da América do Sul.

Até ver, o time de Santiago del Estero tem superado largamente as expetativas: lidera o grupo C com sete pontos após três rodadas e até surpreendeu o continente ao vencer o Flamengo (1-2) em pleno Maracanã. Nos outros dois desafios já disputados, ambos jogando de local, empatou sem gols frente ao LDU Quito e venceu o Deportivo Táchira (2-1).

A classificação está longe de se encontrar assegurada e, apesar da boa campanha rubricada até aqui, seguir nessa Libertadores não será tarefa fácil – o terceiro lugar e consequente queda para a Sudamericana já corresponderia a um tremendo feito.

Os comandados de Omar De Felippe sonham voltar a surpreender o Flamengo, mas sabem que será bem difícil. No Maracanã, aos argentinos valeu a eficácia praticamente plena em um “dia não” para o Flamengo – previsível, lento no ataque e com suas principais referências totalmente desinspiradas.

Apesar do bom desempenho da Libertadores, o Central Córdoba não tem estado tão bem no Apertura da Agrnetina: perdeu os últimos cinco encontros que disputou e, para encontrarmos sua última vitória na prova, precisamos recuar até 17 de março, ocasião em que venceu o Tigre (1-2). Ainda que o “Fla” tenham feito somente um gol a esse Central Córdoba no Rio, o fato de os argentinos terem sofrido gols em nove dos últimos dez jogos que disputaram não é um bom indicador na antecâmara do duelo com um time que tem o poderio ofensivo do emblema Carioca.

Escalação provável: Aguerre, Fernando Martínez, Mansilla, Casermeiro, Leonardo Marchi, Sebastián Cristóforo, Glaby, Zalazar, Verón, Alfonso, Fúnez

Análise Flamengo

Favorito à conquista desse Grupo C, o Flamengo tem rubricado uma prestação algo “cinzenta”, sobretudo se tivermos em consideração as qualidades unanimemente reconhecidas à equipe de Filipe Luís. Ainda falta três jogos e o time Carioca está mais do que a tempo de “dar a volta ao texto”, mas para já, segue no terceiro posto com quatro pontos, resultado de uma vitória, um empate e uma derrota com dois gols marcados e outros tantos sofridos.

A atual situação não é satisfatória, mas não há motivo para alarme no “Ninho do Urubu”. Em caso de vitória nessa visita à Argentina, o Flamengo entrará em zona de classificação e, em rigor, é precisamente isso que se espera. O time do Rio de Janeiro apresenta melhores argumentos que o Central a todos os níveis e a derrota caseira é mais um motivo para encarar esse jogo com a devida seriedade e não subvalorizar os perigos do adversário.

Antes dessa ida até a Argentina, o Flamengo perdeu (2-1) para o Cruzeiro nos acréscimos – imperou a “lei do ex” com gol de Gabriel Barbosa. Atualmente, o “Fla” é terceiro na tabela do Brasileirão com menos dois pontos que os líderes Palmeiras e RB Bragantino. Só o “Verdão sofre menos (3) que o Flamengo (3), mas ninguém tem tantos gols marcados (16) quanto os comandados de Filipe Luís que, no entanto, precisam mostrar suas qualidades no processo ofensivo também na Liberta, dado que levam somente dois gols marcados em três desafios.

No lançamento da partida, as palavras do técnico Filipe Luís e do goleiro Agustín Rossi permitiram perceber a importância que o time atribui à disputa desse desafio.

Escalação provável: Rossi, Wesley, Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro, Pulgar, De La Cruz, Gerson, De Arrascaeta, Everton, Pedro

Dica de Prognóstico

Surpreendido em casa, o Flamengo não quer voltar a ser surpreendido pelo Central Córdoba e sua situação classificativa obriga a encarar esse jogo com total responsabilidade. O “rubro negro” quer vencer para entrar na zona de classificação e precisa apresentar uma versão bem melhor de si comparativamente ao que fez no Maracanã.