O Atlético Nacional de Medellín teve um ótimo ano em 2016 e é provavelmente o clube sul-americano mais em alta atualmente, tendo conquistado a Copa Libertadores e sendo o finalista da Copa Sul-Americana, ao lado da Chapecoense, que recebeu belas homenagens por parte do clube colombiano, o que só ajudou o Atlético Nacional a torna-se um dos queridinhos do futebol sul-americano, ao lado da equipe catarinense.
Se sobressaindo sobre os demais clubes do continente, é justo que dois membros do Atlético Nacional tenham conquistado o prêmio de Rei da América, dado anualmente pelo jornal uruguaio “El País”. No último dia do ano de 2016, o jornal publicou os vencedores do prêmio de Rei da América, dado ao jogador e treinador eleito por 310 jornalistas sul-americanos como o melhor no ano. Com apenas nove pontos a frente do segundo colocado, o colombiano e artilheiro da última edição da Libertadores, Miguel Borja, recebeu o prêmio de Rei da América, sendo escolhido por 85 jornalistas como melhor jogador de 2016, enquanto o segundo colocado, o campeão do Campeonato Brasileiro com o Palmeiras, Gabriel Jesus, recebeu 76 votos. Na terceira colocação, apareceu ainda outro jogador do Atlético Nacional, Alejandro Guerra, recém-contratado do Palmeiras. Com essa conquista, Borja entra para uma lista de grandes jogadores que já foram eleitos Reis da América, como Valderrama, Riquelme, Tévez, Romário, Neymar e Ronaldinho, além de torna-se o terceiro colombiano a levar o prêmio, se juntando a Carlos Valderrama, que venceu a primeira edição em 1987 e em 1993, e Teo Gutierrez, que foi o Rei da América em 2014.
Além de Miguel Borja, o atual treinador do Atlético Nacional de Medellín, Reinaldo Rueda, conseguiu o mesmo prêmio que o atacante colombiano, porém, na categoria dos treinadores. Disputando o prêmio com o atual comandante da seleção brasileira, Tite, que foi muito bem visto por muitas pessoas, o técnico que comandou o campeão da Libertadores, aos seus 59 anos, recebeu 194 votos, mais de cem votos a frente do segundo colocado, Tite, com 68 votos, e bem a frente do terceiro colocado, Óscar Tabárez, treinador da seleção do Uruguai.
Premiação
O Prêmio Melhor do Futebol é dado pelo jornal uruguaio El País desde 1986, sendo ele o prêmio mais importante da América do Sul. Essa premiação é uma continuação do prêmio dado há alguns anos pelo jornal sul-americano, El Mundo, da Venezuela. Além de premiar o melhor jogador do continente americano, a premiação também escolhe o melhor treinado sul-americano e mais recentemente começou a eleger os melhores jogadores e treinadores da Europa, todos eleitos por jornalistas sul-americanos. Entre outros nomes, é conhecido como Rei das Américas, Futebolista Sul-Americano do Ano e Treinador Sul-Americano do Ano, sendo que para este prêmio, apenas treinadores e jogadores em atividades podem concorrer.
Entre os maiores vencedores do prêmio, está o argentino Carlos Tévez, que já foi eleito o melhor da América em três anos, 2003, 2004, e 2005, seguindo por outros jogadores que receberam o prêmio duas vezes, como Neymar em 2011, 2012 e Verón em 2008, 2009. Tratando-se de brasileiros, foram ao todo seis vencedores, Bebeto, Raí, Cafu, Romário, Neymar e Ronaldinho, o último brasileiro a conquistar o prêmio, em 2013.
Ano maravilhoso para o clube
O ano de 2016 foi com certeza um dos melhores na história do Atlético Nacional de Medellín. Mesmo sem ter conquistado o Campeonato Colombiano, sendo eliminado nas quartas de final pelo Millonarios, a equipe conquistou duas competições, chegou a final de outra e ainda ficou em terceiro na última competição do ano. A primeira competição vencida pelo Atlético Nacional foi a Copa Libertadores, no começo do segundo semestre de 2016. Na competição continental, o clube colombiano eliminou fortes adversários, como Rosário Central, da Argentina e São Paulo. Aliás, foi contra a equipe brasileira que Miguel Borja marcou quatro dos seus cinco gols na Libertadores, sendo o artilheiro da competição continental, além de grande responsável pelo título colombiano. Chegando a grande final da competição, o Atlético enfrentou o Independiente del Valle, do Equador, saindo vitorioso depois de um empate fora de casa e uma vitória em casa.
Na Copa Colombia, o Atlético passou por todos os adversários e consagrou-se campeão, vencendo na final o Junior Barranquilla por um agregado de 1×3 e conquistando seu segundo título do ano. Já no fim do ano, o Atlético Nacional disputou sua última competição, a Copa Sul-Americana. Na segunda principal competição continental, a equipe colombiana passou por Sol da América, do Paraguai, e por Coritiba, do Brasil, chegando a final, onde enfrentaria a Chapecoense. Porém, com o acidente envolvendo a delegação da equipe brasileira e com a morte de quase todo o time catarinense, a final da competição não pode ser realizada e o Atlético abriu mão do título que poderia ser seu, pedindo à Conmebol que a Chapecoense fosse eleita campeã da Copa Sul-Americana de 2016, o que acabou acontecendo.
Boas Apostas!