A Copa Libertadores da América de 2016 chegou ao fim e o grande campeão foi o time colombiano Club Atlético Nacional S.A., mais conhecido como Atlético Nacional de Medellín. Na grande final, o Atlético Nacional enfrentou o  time equatoriano Independiente del Valle em uma final sem brasileiros e argentinos que não acontecia há 25 anos. Após um empate em 1×1 na primeira partida no Equador, o Atlético Nacional precisava apenas de uma vitória simples no jogo de volta para ser campeão.

Jogadores do Atlético Nacional comemorando o título.

Jogadores do Atlético Nacional comemorando o título.

No segundo jogo na Colômbia, atuando em casa diante de seu estádio Atanasio Girardot lotado, com 45 mil torcedores, o Atlético Nacional impôs o ritmo do jogo desde o início e com gol de Borja aos 8 minutos do primeiro tempo, comandou o controle do jogo e venceu por 1×0, tornando-se o atual campeão da Libertadores da América.

O time colombiano já tinha sido campeão da Copa Libertadores em 1989 em cima do Olimpia(PAR), chegando novamente a final em 1995, quando perdeu para o Grêmio, agora em 2016, consegue conquistar seu segundo título, superando o Independiente del Valle. Um longo período se passou, foram 27 anos para que a torcida pudesse festejar mais uma vez um título continental. Com esta conquista, o time colombiano garantiu uma vaga para o Mundial de Clubes de 2016, que será realizado no Japão. Outros participantes já confirmados são Real Madrid campeão da Liga dos Campeões da Europa, o América do México, vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf, e Auckland City, campeão da Liga da Oceania. Os outros três representantes do torneio ainda não são conhecidos: os campeões da J-League e das Ligas dos Campeões da África e da Ásia.

Elemento surpresa que se igualou a Pelé

Atacante Borja comemorando o gol da final.

Atacante Borja comemorando o gol da final.

Até as quartas de final da Copa Libertadores da América 2016, o principal atacante do Atlético Nacional era Jonathan Copete, atacante de 28 anos que acabou sendo negociado com o Santos FC. Com a saída de Copete, que havia feito três gols na campanha do time, o Atlético Nacional acabou correndo atrás de substitutos a altura. O Atlético Nacional já contratou dois grandes atacantes de uma vez só, os escolhidos foram o argentino Ezequiel Rescaldani, que estava no Quilmes da Argentina e tinha feito sete gols em treze partidas pelo Campeonato Argentino e o atacante colombiano Miguel Borja que estava no Cortuluá da Colômbia e era o atual artilheiro do Campeonato Colombiano com dezenove gols em vinte e um jogos.

Miguel Borja sem dúvida nenhuma é uma das melhores contratações da Libertadores. O atacante chegou ao Atlético Nacional durante a pausa para a Copa América, e simplesmente fez quatro gols nos dois jogos contra o São Paulo válidos pela semifinal da competição, dois no jogo de ida ( 0x2 no Morumbi) e dois no jogo de volta e (2×1 na Colômbia). Na final, Borja fez o gol do título e cravou seu nome na história do Atlético Nacional e da Copa Libertadores da América.

Seu gol da final, narrado mais detalhadamente foi da seguinte maneira: Aos oito minutos de partida da etapa inicial, Macnelly Torres cobrou falta para dentro da área, a zaga do Del Valle não conseguiu tirar, o goleiro não alcançou e a bola bateu na trave, no rebote, a bola voltou no pé do atacante Miguel Borja, que emendou um chute forte e rasteiro no canto desprotegido do gol. Lógico que ele não foi o único responsável pelo título, porém foi o principal nome do time na conquista do título, embora tenha jogado apenas quatro jogos. Com estes cinco gols, nas semifinais e na final, Borja se igualou a Pelé, que tinha feito a mesma façanha pelo Santos em 1963.

Para não sermos injustos, vamos citar todos os guerreiros que representaram a camisa do Atlético Nacional nesta partida que ficará na história. Esta foi a relação dos atletas que jogaram e do técnico do time. Atlético Nacional na Final da Copa Libertadores: Franco Armani, Daniel Bocanegra, Davinson Sánchez, Alexis Henríquez e Farid Díaz; Alexander Mejía, Alejandro Guerra (Diego Arias) e Macnelly Torres; Orlando Berrío, Marlos Moreno (Ibargüen) e Miguel Borja (Rescaldani). Técnico: Reinaldo Rueda

Excelente campanha

Orlando Berrío, Alejandro Guerra e Marlos Moreno.

Orlando Berrío, Alejandro Guerra e Marlos Moreno.

Realmente, o Atlético Nacional fez história, não somente pelo bicampeonato do torneio continental e maior campeonato interclubes da América, mas por ter feito a melhor campanha desde 1989, quando o torneio assumiu o formato atual. A melhor marca registrada anteriormente, pertencia ao Boca Juniors na edição de 2003, quando o time argentino venceu o Santos na final e somou 32 pontos.

Na atual campanha, o Atlético Nacional conquistou dez vitórias, três empates e apenas uma derrota, que resultaram em 33 pontos, equivalentes a 78,6% dos 42 pontos disputados. O único revés do time colombiano ocorreu na derrota por 1×0 para o Rosario Central, primeiro jogo das quartas de final, porém o Atlético Nacional venceu o segundo jogo por 3×1 em casa e conquistou a vaga para as semifinais. Muitos foram os responsáveis pelos gols na campanha, os jogadores que marcaram gol nesta excelente campanha foram o atacante Miguel Borja com cinco gols, o atacante Berrío com quatro gols, o meia Alejandro Guerra com três gols, o atacante Marlos Moreno com três gols e o atacante Copete com três gols. O atacante Calleri que atuou pelo São Paulo FC e foi o artilheiro da competição com nove gols marcados. A seguir a relação dos Campeões da Libertadores com melhor aproveitamento:

Atlético Nacional (COL) – 33 pontos (2016)

Boca Juniors (ARG) – 32 pontos (2003)

São Paulo – 31 pontos (2005)

Boca Juniors (ARG) – 30 pontos (2001)

Estudiantes (ARG) – 30 pontos (2009)

Corinthians – 30 pontos (2012)

Internacional – 29 pontos (2006)

Atlético-MG – 29 pontos (2013)

Grêmio – 28 pontos (1995)

River Plate (ARG) – 28 pontos (1996)

Internacional – 27 pontos (2010)

Santos – 27 pontos (2011)

Boas Apostas!