Atlético Mineiro – Botafogo (Brasileirão)

A nove dias de se enfrentarem em Buenos Aires na final da Libertadores, Atlético Mineiro e Botafogo vão estar “olho no olho” na Arena MRV, em Belo Horizonte. No caso, a partida se reveste de bem maior importância para o “Fogão” que para o “Galo”.

Análise Atlético Mineiro

11 anos depois de ter conquistado a Libertadores pela primeira vez em sua história, o Atlético Mineiro volta a ter a chance de discutir o troféu mais importante do futebol sul-americano.

Nesse momento, a prioridade atribuída à Libertadores é total.

Apesar da felicidade associada à presença na final, o “Galo” não vem bem e importa destacar o fato de ter perdido a final da Copa do Brasil para o Flamengo, bem como o percurso recente no Brasileirão, mercado por vários resultados negativos. O trajeto do time na Série A até tem sido bem modesto: segue no 10º lugar com 42 pontos e a chance de discutir o acesso à próxima edição da Liberta via campeonato está descartada.

Sem vitórias nos últimos sete encontros oficiais (cinco derrotas na sequência), o Atlético precisa recuperar a dinâmica de vitória e a moral antes da final. A pressão em volta do time é elevada e, tal como o técnico Gabriel Milito assumiu antes da partida, há muito em jogo para o “Galo” nesse duelo com o Botafogo. Ainda que pouco interesse do ponto de vista classificativo, há toda uma componente emocional que não pode ser passada para segundo plano.

Por isso mesmo, ainda para mais jogando em sua zona de conforto, o Atlético precisa dar uma resposta positiva nesse desafio e afastar os “fantasmas” que vão assombrando o time.

Em meio de uma crise ofensiva, o Atlético não faz gols há quatro jogos, mau prenúncio antes de se enfrentar à melhor defesa da competição.

Escalação provável: Éverson, Saravia, Lyanco, Otávio, Vera, Battaglia, Rubens, Scarpa, Bernard, Deyverson, Hulk

Análise Botafogo

Após um ano com contornos traumáticos, o Botafogo volta a chegar na reta final com tudo em suas mãos.

Para lá de ser o maior favorito à conquista do Brasileirão, o time do Rio de Janeiro vai disputar a final da Libertadores pela primeira vez em sua história.

No Engenhão, o clima é de euforia, mas a experiência do ano passado obriga a alguma precaução.

A vantagem pontual em relação ao Palmeiras é somente de quatro pontos e, por esta altura, todos os jogos precisam ser encarados como uma final. Com 15 pontos em disputa e uma final da Libertadores pelo meio, ainda tem muito para se jogar.

De agosto a essa parte, o Botafogo perdeu somente um jogo: ante o Peñarol, na volta da Libertadores, depois de já ter vencido o primeiro encontro de cinco a zero.

Após essa partida, o “Fogão” entrou em cena por mais duas vezes – bateu o Vasco da Gama (3-0) no “derby” Carioca e empatou sem gols frente ao Cuiabá, no dia 9 desse mês.

Nesse retorno à ação, o Botafogo vai para o campo ciente de que essa também será uma final, à imagem da que está agendada para o dia 30 desse mês. Só os três pontos interessam ao coletivo do Rio de Janeiro.

Sem gols sofridos nos últimos três encontros válidos pelo Brasileirão, o Botafogo apresenta o melhor registo defensivo da prova com 26 gols sofridos.

Escalação provável: John Victor, Vitinho, Bastos, Barboza, Telles, Marlon, Gregore, Luiz Henrique, Savarino, Almada, Igor Jesus

Dica de Prognóstico

Encontro bem importante para os dois times, ainda que por motivos distintos. Para o Botafogo essa é mais uma final na briga pela conquista do Brasileirão, ao passo que para o Atlético, é a oportunidade de afrontar o rival ao qual se enfrentará dentro de dez dias na final da Liberta, sem perder de vista a necessidade de quebrar o ciclo negativo que atravessa.

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