Alemanha – Escócia (UEFA EURO 2024)

Sexta-feira, 14 de junho de 2024, 21h00 em Munique, 16h00 em Brasília. As seleções de Alemanha e Escócia vão participar a partida que inaugura a Eurocopa 2024, na Allianz Arena.

Análise Alemanha

36 anos depois, a Alemanha, agora unificada, volta a ser anfitriã de uma edição da Eurocopa.

A seleção germânica ocupa um lugar de destaque no panorama futebolístico mundial e quer aproveitar a organização dessa Eurocopa 2024 para retornar aos êxitos.

Maior vencedor da história da Eurocopa a par da congénere da Espanha, a equipe alemã participará da primeira fase final sob as ordens de Julian Nagelsmann, jovem técnico que, após um início conturbado, parece ter encontrado o sistema ideal para tirar o melhor partido do talento que tem à disposição.

Figuras como Manuel Neuer ou Toni Kroos se preparam para a “última dança” de uma seleção alemã repleta jogadores que protagonizaram grandes temporadas nos seus clubes, nomeadamente Rudiger (Real Madrid), Robert Andrich, Florian Wirtz (Bayer Leverkusen), Kai Havertz (Arsenal) ou Niclas Fullkrug (Borussia Dortmund), sem esquecer o “convertido” Joshua Kimmich ou Jamal Musiala (Bayern).

A expetativa é a de que a seleção alemã se apresente em um sistema que poderá partir de um 1x4x2x3x1. Manuel Neuer deverá ser o dono da baliza, com Rudiger e Tah no eixo defensivo e Kimmich e Mittelstadt pelas laterais. No centro do terreno, Andrich fará o “trabalho sujo” que permitirá libertar Kroos, Gundogan e, mais adiante, Musiala e Wirtz. De momento, Havertz parece surgir à frente de Fullkrug na hierarquia para ocupação da vaga disponível no centro de ataque.

Mesmo não sobrevalorizando os resultados alcançados nos amistosos de preparação, a realidade é que a Alemanha bateu França (0-2) e Países Baixos (2-1) no mês de março e, já em junho, empatou sem gols frente à Ucrânia, tendo batido a Grécia (2-1) no derradeiro teste.

Sorteada junto com Escócia, Hungria e Suíça, está claro que a expetativa generalizada é a de que a Alemanha vença a chave – provavelmente com nove pontos conquistados.

Escalação provável: Neuer, Kimmich, Rudiger, Tah, Mittelstadt, Andrich, Kroos, Gundogan, Musiala, Wirtz, Havertz

Análise Escócia

A seleção da Escócia marca presença na fase final de uma Eurocopa pela segunda vez consecutiva, algo que não acontecia desde a década de 90.

A chegada de Steve Clarke – em funções desde 2019 – contribuiu bastante para a solidificação do sistema escocês, baseando sua estratégia em um estilo mais conservador em termos de jogo, essencialmente defensivo e combativo.

Habitualmente escalonada a partir de um 1x5x4x1, a equipe escocesa se sente confortável em ceder a iniciativa ao adversário e atacar pela certa, confiando no talento de figuras como Robertson, McTominay, McGinn ou Gilmour.

A “Tartan Army” tem, efetivamente, uma dificuldade: marcar gols. Lawrence Shankland, atacante que fez mais de 30 gols ao serviço do Hearts na presente época, entra determinado em contrariar essa tendência. Na ausência de Dykes, a responsabilidade de Shankland será ainda maior.

A torcida escocesa é algo pessimista por natureza e a realidade é que, no momento de olhar para a participação nessa Eurocopa, é mais a esperança que a expetativa, sobretudo em função dos resultados recentes. Após duas derrotas nos amistosos de março ante Países Baixos e Irlanda do Norte, em junho, a Escócia venceu Gibraltar por “apenas” dois a zero e cedeu um empate a dois com a Finlândia, isso depois de ter estado a vencer de dois a zero.

Como se a missão não fosse difícil por si só, os escoceses tiveram que lidar com algumas más notícias nas semanas que antederam essa Eurocopa: o atacante Lyndon Dykes deixou de ser escolha por se encontrar machucado, assim como os laterais Aaron Hickey e Nathan Patterson.

Escalação provável: Gunn, Ralston, Hanley, Hendry, Tierney, Robertson, Christie, McGinn, McGregor, Gilmour, Shankland

Dica de Prognóstico

O favoritismo está todo da seleção da Alemanha que ambiciona entrar em seu torneio da melhor forma possível. A Escócia procurará se defender como puder, optando por baixar o bloco e cedendo a iniciativa aos donos da casa, isso com o claro objetivo de criar algum favoritismo na equipe local.