Manhã de emoções fortes no Giuseppe Meazza, em Milão. Inter e AC Milan dividiram os louros no primeiro clássico “chinês”, com o “placard” final a ser definido nos acréscimos, graças a um gol de Zapata que foi validado com recurso à tecnologia da linha de golo.

Foto: ANSA

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Atuando como mandante no palco que partilha com o velho rival, o Inter foi bem mais eficaz que o AC Milan nos primeiros 45 minutos do desafio, aproveitando duas falhas no setor defensivo “rossoneri” para passar para a frente do marcador. O primeiro gol, da autoria de Antonio Candreva, surgiu aos 36 minutos com primeiro tempo, aproveitando uma falha de De Sciglio. No segundo, Calabria foi incapaz de acompanhar Perisic pelo flanco e o internacional croata serviu Icardi para uma finalização fácil ao segundo poste, colocando o resultado em dois a zero ao intervalo. O AC Milan só podia se queixar de si próprio, revelando pouca clarividência na hora de alvejar o gol contrário. Carlos Bacca desperdiçou uma ocasião clara de gol logo nos instantes iniciais e Deulofeu chegou a atirar uma bola ao ferro. A outra grande diferença entre os dois times residiu no meio-campo, incapaz de ligar o ataque e perdendo demasiadas bolas para o adversário.

No primeiro “derby della madoninna” desde que os dois rivais estão na posse de grupos de investidores chineses – a compra do AC Milan foi efetivada ontem -, o horário do desafio foi criticado, com a Curva Sud (AC Milan) a exibir um tifo nesse sentido: “Bom apetite, liga italiana”, uma vez que o jogo se realizou próximo da hora do almoço na Itália.

No segundo tempo, o Inter de Milão cresceu ainda mais na partida, intensificou a pressão sobre o adversário e Vincenzo Montella foi mexendo no time, lançando Locatelli, Lapadula e Ocampos. Contrariamente ao que tinha acontecido na primeira parte, o AC Milan sentia muitas dificuldades para chegar perto do gol contrário, reduzindo significativamente o número de ocasiões criadas. O gol de Romagnoli, “de sola” após cruzamento, mudou a história do j0go. Os adeptos da Inter temeram o pior, relembrando os jogos em que seu time tinha saído em vantagem e depois revelou incapacidade para conquistar os três pontos. O AC Milan cresceu no desafio, foi para cima do adversário e, curiosamente, o clássico ficaria sentenciado nos acréscimos e com o mesmo “placard” do primeiro turno, mas desta vez, a festa se fez em tons de vermelho e negro. O árbitro da partida tinha dado cinco minutos de acréscimos. As paragens durante esse período prolongaram o jogo até ao minuto 97, altura em que houve escanteio para o AC Milan. Todos subiram até à área “interista”, “Gigi” Donnarumma incluído, na procura desesperado pelo empate. Ao segundo poste, com a canela, foi o colombiano Cristián Zapata quem encostou para a igualdade final, soltando uma grande festa da torcida do AC Milan, satisfeita depois de ter estado a perder por dois a zero. O árbitro recorreu à tecnologia da linha de gol para validar o lance, impondo uma divisão de pontos entre os dois rivais que seguem em uma intensa briga pela classificação para a Liga Europa da próxima temporada.

Boas Apostas!