O Lokomotiv Moscou celebrou a conquista da sétima Copa russa da sua história. Os brasileiros Ari (viria a ser expulso) e Maicon contribuíram para o sucesso do time que igualou o rival CSKA como vencedor máximo do troféu que se disputa desde 1992/93.

Foto: "TASS via Getty Images"

Foto: “TASS via Getty Images”

O estádio olímpico de Sóchi, localidade russa que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014, acolheu a decisão da Copa da Rússia 2016/17. O Lokomotiv Moscou confirmou seu favoritismo e venceu o modesto Ural por dois a zero, gols de Igor Denisov e Anton Miranchuk, ambos marcados no segundo tempo.

Com Ari (ex-Fortaleza) e Maicon (ex-Fluminense) na escalação inicial, o Lokomotiv Moscou gozou sempre de maior ascendente ofensivo e dominou as ações da partida, com o meia português Manuel Fernandes em bom plano. O Ural de Roman Pavlyuchenko atuou sempre na expetativa, juntando as linhas na tentativa de suster o caudal ofensivo do adversário. O time de Ekaterinburg conseguiu chegar ao intervalo empatado sem gols frente a um time que patenteou superioridade. No seu percurso até à final, o Ural já tinha deixado dois adversários pelo caminho ao se superiorizar para lá dos 90 minutos: O Amkar e o FK Krasnodar, os dois nas grandes penalidades.

A estratégia marcadamente defensiva da equipa treinada por Aleksandr Tarkhanov “caiu” aos 30 minutos do segundo tempo. Igor Denisov, cedido pelo Dínamo de Moscovo ao Lokomotiv, atirou para à baliza e beneficiou de um desvio em um defensor contrário para inaugurar o marcador, deixando a torcida do Lokomotiv em apoteose total e materializando um domínio que se verificava desde o primeiro tempo. Os moscovitas passavam para a frente do marcador com toda a justiça, resultado que premiava a melhor equipa até então. O primeiro gol do desafio deixava o “Loko” com uma mão no troféu que tinha conquistado pela última vez em 2013/14, ocasião em que se tinha superiorizado ao Kuban Krasnodar por três a um. O tento da confirmação saiu dos pés do jovem Alekseyo Miranchuk, promessa russa que aos 21 anos realizou o seu jogo número 100 com a camisola do Lokomotiv. Após receber a bola de Manuel Fernandes, marcou um golo de belo efeito que selou a conquista da Copa, a segunda do seu palmarés pessoal. A vitória na Copa da Rússia permite ao Lokomotiv de Moscovo marcar presença na fase de grupos da Liga Europa da próxima temporada, objetivo que não conseguiria alcançar via campeonato.

Com o vencedor praticamente conhecido, a final de Sóchi ficaria marcada (e manchada) por graves confrontos já para lá dos 90 minutos. Artyon Fidler, do FK Ural, agrediu Jefferson Farfán e a situação despoletou uma grande confusão que culminou com a expulsão de quatro jogadores: Fidler e Manucharyan do lado do FK Ural, Jefferson Farfán e Ari do lado do Lokomotiv de Moscovo. Os acontecimentos poderão resultar em um castigo de até seis jogos para os atletas envolvidos.

Yuri Semin continua em Moscovo

O técnico Yuri Semin é uma figura indissociável do Lokomotiv de Moscovo, emblema que representou como jogador e treinador, antes e após o período da URSS. Semin conquistou a quinta Copa russa do seu palmarés, mais do que qualquer outro treinador. Após o desafio, o técnico de 69 anos confirmou que na próxima temporada continuará no clube.

Boas Apostas!