Com os resultados ruins nas últimas rodadas na Série B do Campeonato Brasileiro, o cargo de Doriva no comanda técnico do Bahia se tornou cada vez mais instável. Logo depois da partida contra o Londrina, válida pela décima rodada da Série B, que acabou com uma derrota por 1×2 dentro da Arena Fonte Nova, casa do clube baiano, o diretor de futebol do Bahia, Nei Pandolfo, negou que o clube estivesse pensando na possibilidade de demitir Doriva, que recebeu alguns protestos por parte dos torcedores. “(O Doriva é um) Cara trabalhador. Os resultados foram ruins, mas a gente continua o trabalho. Não há mudança de cenário. Vamos buscar os resultados positivos fora de casa.

Doriva comandando o Bahia.

Doriva comandando o Bahia.

Teremos a chance de buscar os resultados e colocar o Bahia no lugar que ele merece”, afirmou Pandolfo após a primeira derrota em casa do Bahia em 2016 pela Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, na madrugada de sábado (dia da partida contra o Londrina) para domingo, o Bahia acabou anunciando a demissão do treinador Doriva por meio de uma nota oficial, onde lembrou que em 36 jogos do Bahia sob o comando de Doriva, foram vinte e três vitórias, seis empates e sete derrotas. “A diretoria do Esporte Clube Bahia comunica à sua torcida que Doriva não é mais o técnico do Esquadrão de Aço. Sob seu comando, foram 36 jogos oficiais, sendo 23 triunfos, 06 empates e 07 derrotas. O departamento de futebol profissional e toda a diretoria tricolor agradecem pelos serviços prestados por Doriva e seus auxiliares, Eduardo Souza e Anselmo Sbragia, e desejam sucesso no prosseguimento de suas carreiras”. Doriva deixa o Bahia na sétima colocação da Série B, estando há três pontos da zona de classificação para a Série A, além de em dez jogos pela competição, foram cinco vitórias, dois empates e três derrotas, com um aproveitamento de mais de 50%.

O novo técnico

Guto Ferreira na Chapecoense.

Guto Ferreira na Chapecoense.

Depois da saída de Doriva do comando técnico do Bahia, o clube baiano começou a procurar um substituto. O principal nome para assumir o cargo foi Guto Ferreira, que estava à frente da Chapecoense na Série A do Campeonato Brasileiro. Inicialmente, o Bahia mandou uma proposta de R$ 200 mil por mês em um contrato até 2017, um salario consideravelmente superior ao que Guto ganhava na Chapecoense, cerca de R$ 150 mil mensais. O clube catarinense chegou a aumentar o salário de Guto no fim do Campeonato Catarinense, porém, não estaria disposta a aumentar o montante recebido pelo treinador, já que seus cofres não estavam preparados para gastar tanto dinheiro. Depois de receber a proposta, o treinador encaminhou uma contraproposta para a direção do clube baiano, o qual aceitou as condições impostas por Guto. O Bahia irá pagar R$ 250 mil por mês para toda a comissão técnica com um contrato válido até o fim de 2016, com uma renovação automática de mais um ano caso Guto Ferreira classifique o Bahia para a Série A do Campeonato Brasileiro de 2017.

Com essa decisão, Guto Ferreiro troca a Chapecoense, clube pelo qual foi campeão catarinense em 2016 e que atualmente ocupa a oitava colocação da Série A do Brasileirão, com quinze pontos conquistados em três vitórias, seis empates e uma derrota, estando há três pontos da zona de classificação para a Libertadores do próximo ano, pelo Bahia, que hoje briga por uma vaga na Série A do próximo ano. Desde que chegou à Chapecoense, em 2015, Guto conquistou vinte e cinco vitórias, dezessete empates e dez derrotas, ajudando a manter o clube catarinense na principal divisão do futebol brasileiro, além do já citado título do Campeonato Catarinense de 2016 sobre o Joinville.

Guto Ferreira é formado em Educação Física pela UNIMEP desde 1985 e começou sua carreira como treinador nas categorias de base do XV de Novembro, São Paulo e Internacional. Em 2002, Guto assumiu a equipe principal do Internacional, comandando também o Penafiel e o Naval, ambos de Portugal, entre 2003 e 2004. Quando voltou ao futebol brasileiro, comandou algumas equipes de pequeno porte, como Corinthians Alagoano e Mogi Mirim. Entre 2011 e 2016, Guto esteve à frente de clubes maiores como ABC, Ponte Preta e a própria Chapecoense. Tratando-se de títulos, Guto foi campeão do Campeonato Gaúcho em 2002 pelo Internacional, campeão paulista do interior em 2012 com o Mogi Mirim e em 2013 com a Ponte Preta, e campeão catarinense em 2016 com a Chapecoense, além de títulos com a categorias de base do XV de Piracicaba, São Paulo e Internacional.

Boas Apostas!