Um dos jogadores mais elogiados depois das duas vitórias da seleção brasileira nas eliminatórias para o mundial de 2018 foi o volante Casemiro, que atualmente defende o Real Madrid. Titular absoluto no clube espanhol, Casemiro foi titular nas duas partidas da seleção brasileira. Se no Real Madrid o brasileiro tirou a vaga de titular do colombiano James Rodríguez, no confronto entre Brasil e Colômbia na última terça-feira (06), Casemiro ficou praticamente o jogo inteiro colado ao colombiano, conseguindo muitas vezes anular a qualidade de James com desarmes cirúrgicos, sem cometer muitas faltas.

Casemiro atuando contra a Colômbia.

Casemiro atuando contra a Colômbia.

Olhando o desempenho de Casemiro nas duas partidas pela seleção, foram quatorze desarmes, sendo líder no quesito na seleção (o segundo, Renato Augusto, fez apenas cinco). Além disso, para fazer tantos desarmes o jogador não precisou apelar para jogadas faltosas, já que somando a partida contra o Equador e contra a Colômbia, foram apenas três faltas cometidas por Casemiro. O volante se destacou também nos passes, fundamento importante para um bom meia. Foram cento e onze passes de Casemiro, o quinto maior passador da seleção, tendo um aproveitamento excelente de 93% de acertos. Além de ter sido o jogador que menos perdeu a bola, apenas uma vez, igualando o zagueiro Miranda.

Coutinho foi banco, mas se destacou quando entrou

Coutinho comemorando gol de Neymar contra a Colômbia.

Coutinho comemorando gol de Neymar contra a Colômbia.

Outro destaque no início da “Era Tite” foi o meio-campista do Liverpool, Philippe Coutinho. O jogador entrou no segundo tempo tanto contra o Equador quanto contra a Colômbia, porém, demonstrou um desempenho melhor do que o titular Willian, que nas duas partidas foi substituído por Coutinho.

Contra o Equador, Coutinho entrou aos 14’ do segundo tempo e deu mais velocidade ao meio de campo da seleção brasileira. No fim da partida, aos 41’, o meio-campista iniciou a jogada pela esquerda que resultou no gol de Gabriel Jesus, o segundo do Brasil na partida. Poucos minutos depois, Coutinho novamente participou da jogada que resultou no terceiro gol brasileiro, desta vez fazendo um lançamento do campo defensivo da seleção brasileira na direção de Neymar, que correu pelo lado esquerdo do ataque brasileiro e tocou para Gabriel Jesus, que na entrada da grande área chutou forte a meia altura no canto do goleiro equatoriano, fechando a partida em 0x3 para o Brasil. Já contra a Colômbia, Coutinho entrou aos 20’ do segundo tempo, novamente no lugar do apagado Willian. Entrando bem pela segunda vez, Philippe Coutinho foi um dos protagonistas do segundo tempo, iniciando a jogada e dando o passe para Neymar marcar o segundo gol da seleção brasileira, o qual deu a vitória para o Brasil.

Caso mantenha esse bom rendimento no Liverpool, Philippe Coutinho poderá ser chamado por Tite em outubro, quando a seleção enfrentará a Bolívia pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, tendo grandes chances de entrar como titular.

Neymar volta a ser decisivo

Neymar e Tite comemorando o segundo gol contra a Colômbia.

Neymar e Tite comemorando o segundo gol contra a Colômbia.

Neymar é com toda certeza o principal jogador da atual seleção brasileira, atuando sempre como referência dentro de campo. Por se tratar do astro do time e a grande esperança de gols e bom rendimento da seleção em si, vamos analisar o desempenho de Neymar tanto na “Era Dunga”, quanto na “Era Tite” e ver como as coisas mudaram.

Na “Era Dunga”, Neymar carregava uma grande responsabilidade com a braçadeira de capitão quase exclusiva e principal responsável pelo rendimento do grupo, o alteta se apresentava dentro de campo como um jogador explosivo, recebendo muitos cartões e sendo até expulso. Neymar participou de três das seis partidas do Brasil pelas eliminatórias sob comando de Dunga, já que nos dois primeiros ainda cumpria suspensão pela Copa América de 2015 e ficou de fora do jogo contra o Paraguai por suspensão automática por cartão amarelo. Nas três partidas que participou não marcou nenhum gol, deu apenas uma assistência e ainda levou dois cartões amarelos. Além disso, muito por causa do estilo de jogo de Dunga, que dependia quase que totalmente de Neymar, as partidas em que o jogador não foi bem, a seleção brasileira não conseguiu resultados muito animadores, um empate fora de casa em 1×1 com a Argentina, uma vitória em casa por 3×0 contra o Peru e mais um empate fora de casa em 2×2 com o Uruguai.

Agora na “Era Tite”, o astro Neymar começou a dividir tanta responsabilidade na seleção, começando pela braçadeira de capitão, passada para Miranda e Daniel Alves, no rodízio de capitães do treinador.   o atacante voltou a ser decisivo para a seleção brasileira, fazendo gols e jogadas muito importantes para os resultados brasileiros nessas duas últimas partidas. Sob comando de Tite, Neymar foi titular nas duas partidas, marcando dois gols e dando duas assistências. Na vitória sobre o Equador, foi o atacante que abriu o placar, marcando um gol de pênalti, e ainda deu assistência para Gabriel Jesus marcar o terceiro na vitória por 3×0 sobre os equatorianos. Enquanto na partida contra a Colômbia, Neymar cobrou o escanteio que resultou no gol de Miranda e ainda marcou o gol da vitória da seleção brasileira. A única coisa negativa nesses dois jogos foi o cartão amarelo sofrido pelo atacante no fim do primeiro tempo contra os colombianos, por uma falta. Por isso, sob comando de Tite, esperamos que Neymar continue sendo decisivo e que não mais seja o responsável por tudo dentro de campo, dividindo a responsabilidade com toda a equipe e trazendo alegria aos brasileiros.

Boas Apostas!